Em época de férias escolares e de viagens, muitas vezes os animais de estimação acompanham seus tutores. Dessa forma, para transportar animais no carro, é preciso tomar alguns cuidados.
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De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido dirigir levando animal de estimação no colo ou do lado esquerdo do motorista, o que está descrito no artigo 252 do CTB, uma infração média punida com multa, além de 4 pontos no prontuário.
Entretanto, também não é permitido transportar animais nas partes externas do veículo, como na carroceria, uma infração grave, punida com multa, 5 pontos no prontuário e retenção do veículo.
Assim, o correto é que o pet viaje dentro do carro, devidamente fixado por algum dispositivo de segurança de acordo com seu porte.
“Se o animal não estiver devidamente retido, o motorista pode ter uma falha de atenção ao olhar para ele e não manter a visão exclusivamente na via, pode perder a destreza manual ao tocá-lo e alteração cognitiva se desviar a atenção enquanto dirige”, explica Flavio Emir Adura, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).
De acordo com pesquisa da American Automobile Association, 60% dos tutores de cães conduzem seus veículos dividindo a atenção com seus animais de estimação. Enquanto dirigem, 52% os acariciam; 17% permitem que se sentem em seu colo; 13% os alimentam e 4% brincam com eles.
Motivada pela falta de uma norma própria para o tema no Brasil, a Abramet, em parceria com diversas entidades, como o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), entre outras, elaborou uma diretriz técnica com diversas orientações enviadas ao Contran.
“Construímos essa diretriz para divulgar e alertar a sociedade, as entidades envolvidas e autoridades do sistema de trânsito sobre o fator de risco decorrente da inexistência de regulamentação adequada, bem como recomendar dispositivos de retenção planejados e padronizados para o deslocamento desses animais”, explica Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.
Meira afirma que espera que as recomendações embasem normas legais com foco na prevenção de sinistros de trânsito.
Como conclusão, a Abramet destaca que cães e gatosdevem ser transportados dentro dos veículos sempre usando dispositivos de retenção. Isso impede que eles viajem soltos e desviem a atenção do motorista, possibilitando sinistros de trânsito.
Assim, uma das maneiras mais convencionais é levar o animal dentro de uma caixa de transporte, fixada pelo cinto de segurança, especialmente os de pequeno porte.
Para animais de pequeno, médio e grande porte, outra opção é usar o cinto de segurança com os adaptadores presos às coleiras peitorais.
Eles devem ser acoplados no encaixe do cinto de segurança do veículo, distribuindo melhor as forças e protegendo no caso de uma desaceleração repentina. A melhor posição é o centro do banco traseiro.
Ainda segundo a Abramet, há necessidade de reforçar ações de políticas públicas para promoção da saúde no trânsito.
Somente dessa forma, de acordo com a associação, será possível garantir a segurança para os animais e condutores durante o transporte de pets.
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