Cinto de segurança para pets: saiba como transportar animais no carro

Cinto de segurança com adaptadores presos às coleiras peitorais são opções seguras para transportar animais de grande porte. Foto: Getty Images

09/01/2024 - Tempo de leitura: 2 minutos, 57 segundos

Em época de férias escolares e de viagens, muitas vezes os animais de estimação acompanham seus tutores. Dessa forma, para transportar animais no carro, é preciso tomar alguns cuidados.

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De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido dirigir levando animal de estimação no colo ou do lado esquerdo do motorista, o que está descrito no artigo 252 do CTB, uma infração média punida com multa, além de 4 pontos no prontuário.

Entretanto, também não é permitido transportar animais nas partes externas do veículo, como na carroceria, uma infração grave, punida com multa, 5 pontos no prontuário e retenção do veículo.

Animais não podem ficar soltos

Assim, o correto é que o pet viaje dentro do carro, devidamente fixado por algum dispositivo de segurança de acordo com seu porte.

“Se o animal não estiver devidamente retido, o motorista pode ter uma falha de atenção ao olhar para ele e não manter a visão exclusivamente na via, pode perder a destreza manual ao tocá-lo e alteração cognitiva se desviar a atenção enquanto dirige”, explica Flavio Emir Adura, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).

De acordo com pesquisa da American Automobile Association, 60% dos tutores de cães conduzem seus veículos dividindo a atenção com seus animais de estimação. Enquanto dirigem, 52% os acariciam; 17% permitem que se sentem em seu colo; 13% os alimentam e 4% brincam com eles.

Falta regulamentação específica

Motivada pela falta de uma norma própria para o tema no Brasil, a Abramet, em parceria com diversas entidades, como o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), entre outras, elaborou uma diretriz técnica com diversas orientações enviadas ao Contran.

“Construímos essa diretriz para divulgar e alertar a sociedade, as entidades envolvidas e autoridades do sistema de trânsito sobre o fator de risco decorrente da inexistência de regulamentação adequada, bem como recomendar dispositivos de retenção planejados e padronizados para o deslocamento desses animais”, explica Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.

Meira afirma que espera que as recomendações embasem normas legais com foco na prevenção de sinistros de trânsito.

Veja quais dispositivos são recomendados

Como conclusão, a Abramet destaca que cães e gatosdevem ser transportados dentro dos veículos sempre usando dispositivos de retenção. Isso impede que eles viajem soltos e desviem a atenção do motorista, possibilitando sinistros de trânsito.

Assim, uma das maneiras mais convencionais é levar o animal dentro de uma caixa de transporte, fixada pelo cinto de segurança, especialmente os de pequeno porte.

Para animais de pequeno, médio e grande porte, outra opção é usar o cinto de segurança com os adaptadores presos às coleiras peitorais.

Eles devem ser acoplados no encaixe do cinto de segurança do veículo, distribuindo melhor as forças e protegendo no caso de uma desaceleração repentina. A melhor posição é o centro do banco traseiro.

Ainda segundo a Abramet, há necessidade de reforçar ações de políticas públicas para promoção da saúde no trânsito.

Somente dessa forma, de acordo com a associação, será possível garantir a segurança para os animais e condutores durante o transporte de pets.

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