A venda de motos deve fechar 2023 com crescimento de 20% em relação ao ano passado, com 1,635 milhão de unidades emplacadas. A previsão, divulgada pela Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do País, representa mais que o dobro do previsto anteriormente. No início do ano, a entidade projetava uma alta de 9% nas vendas, com 1,485 milhão de unidades comercializadas.
Apesar de ter registrado queda de 5,31% devido ao menor número de dias úteis em setembro em relação a agosto, a venda de motos acumula alta expressiva em 2023. Nos primeiros nove meses de 2023, já foram emplacadas 1.180.618 unidades. O volume representa crescimento de 19,68% na comparação com mesmo período de 2022.
“Mesmo com dificuldades para obtenção de financiamentos bancários, os consumidores têm movimentado o mercado apoiados pelo consórcio, por exemplo, e impulsionados pela mudança comportamental da população, que passou a utilizar mais serviços de entrega, transporte individual e, também, realizar a substituição do segundo automóvel pela moto”, analisa o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.. Ainda segundo o executivo, as vendas no segundo semestre costumam, historicamente, serem melhores do que no primeiro.
Embora a nova previsão reflita o bom momento das motos, os distribuidores demonstram preocupação com a seca que assola a Região Amazônica. Afinal, a grande maioria das fabricantes de motocicletas está instalada em Manaus (AM) e depende dos rios para escoar a produção. Insumos e matéria prima também chegam à capital amazonense por transporte fluvial. Como a estiagem deve persistir até o final deste ano, as motos produzidas podem não chegar às lojas, prejudicando, assim, as vendas.
Assim como as motos a combustão, as motos elétricas também registraram alta no acumulado do ano. Entre janeiro e setembro deste ano, foram vendidas 6.473 motocicletas movidas a bateria contra 5.533 no mesmo período de 2022.
Apesar de ainda ser sobre uma base pequena, o resultado mostra crescimento na venda de motos elétricas. O resultado demonstra alta de 17,1% na venda desse tipo de moto na comparação com os nove primeiros meses do ano passado.