Por meio de seu centro de inovações, o DriverLAB, a 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana e à conveniência, criou a Aliança pela Mobilidade Sustentável, parceria firmada entre empresas do setor automotivo para promover o uso de veículos elétricos no Brasil e criar toda a infraestrutura necessária de carregamento.
A iniciativa conta com a participação de importantes companhias, como a CAOA Chery, Ipiranga, Movida, Raízen, Tupinambá Energia, Unidas e Zletric. O objetivo é impulsionar toda a cadeia para tornar os veículos elétricos uma realidade acessível para os brasileiros, fomentando desde a produção dos carros, passando por incentivos fiscais, até a adoção desses transportes, mais seguros e ecológicos.
O assunto ganha ainda mais relevância com a expansão dos centros urbanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 70% da população mundial viverá em áreas urbanas até 2050, ou seja, um aumento de 15% comparado aos dados atuais. E, no atual cenário, com aumento constante no preço dos combustíveis, o carro elétrico assume um protagonismo cada vez maior nos debates.
“Discutir e promover a sustentabilidade se torna uma necessidade para os gestores públicos, empresas, e também para a população”, explica Thiago Hipólito, diretor do DriverLAB da 99. “A saída é buscar soluções que utilizam fontes de energias mais sustentáveis e que, portanto, reúnem benefícios ambientais e socioeconômicos.”
Inspiração internacional — A ação da 99 de formar uma aliança é inédita no País e tem metas bem definidas, como aumentar a participação dos veículos elétricos entre carros novos para atingir a marca de 10% até 2025 (hoje eles representam apenas 2% das vendas totais).
Além disso, ainda este ano a companhia pretende colocar em circulação pelo menos 300 automóveis elétricos, com meta de 10 mil unidades rodando até 2025. Nos próximos três anos, também planeja criar 10 mil estações públicas de carregamento em todo o Brasil.
Apesar de ousadas, as proposições são viáveis e já foram testadas em outros mercados. A DiDi, proprietária da 99, hoje a maior plataforma de transporte por aplicativo do mundo, iniciou em 2009, em Shenzhen, um projeto similar. A cidade chinesa tem aproximadamente 17,5 milhões de habitantes, sendo referência nos setores de tecnologia, transporte e manufatura.
Entre os resultados conquistados destaca-se o aumento de veículos elétricos em circulação. Hoje, eles são 14% do total, o que corresponde a 480 mil. Somente em 2021, a venda desses modelos na região representa 46% do total.
Além disso, o projeto conta com a instalação de 90 mil estações de abastecimento em funcionamento. Atualmente, em Shenzhen,100% da frota de ônibus e táxis atua com energia elétrica. No País todo, já há um milhão de carros elétricos inscritos na plataforma, entre híbridos e de nova energia, conforme dados colhidos pela CIC (China Insights Industry Consultancy Limited) em dezembro de 2020.
De acordo com Hamish Jacobs, diretor de sustentabilidade dos negócios internacionais da DiDi, nesse mesmo período, “isso representa 38% dos quilômetros rodados pelos carros elétricos dirigidos em todo o território chinês”, pontua.
Adaptação à realidade brasileira — Ao observar os expressivos resultados conquistados pela DiDi, a 99 entendeu ser possível e viável adotar soluções mais eficientes e que ampliam a mobilidade urbana. No caso do Brasil, o caminho passa por criar iniciativas sustentáveis baseadas no modelo bem-sucedido da Ásia, adaptadas aos desafios locais.
Para acelerar esse processo, porém, é preciso aprender com outros mercados mais avançados no tema. “Globalmente, os carros elétricos têm boa procura na Europa e nos Estados Unidos. O Sul da Califórnia apresenta ótimos resultados. Além disso, temos o privilégio de estarmos envolvidos no mercado da China”, destaca Jacobs.
A 99 vai aproveitar a experiência da DiDi, bem como estudar o comportamento dos motoristas que vão dirigir esses novos carros elétricos aqui no Brasil, com foco na cidade de São Paulo, para mapear os locais onde as unidades de carregamento devem ser instaladas.
A empresa também conta com uma ampla base de dados de seus 10 anos de experiência com tecnologia voltada ao transporte via aplicativo, o que ajuda a entender o fluxo de carros. “É um conhecimento muito rico que trazemos para o Brasil, já que sabemos como montar a infraestrutura e combinar informações de diferentes fontes para obter excelentes resultados”, explica Jacobs.
A iniciativa no país asiático demonstra a importância de unir forças para explorar ao máximo as principais qualidades de cada uma das empresas do setor de mobilidade urbana. Por lá, o projeto completa dez anos e, no início, as empresas do setor desenvolviam iniciativas isoladas, porém nos últimos quatro anos, em decorrência da união de forças entre players, o segmento foi impulsionado.
Exemplo disso é a infraestrutura de carregamento. Na China, a empresa contribuiu com a instalação de boa parte da capacidade nacional de carregadores públicos: apenas no primeiro trimestre de 2021, 30% do mercado. “Investimos em 18 mil unidades de carregamento, 13 mil próprias e as demais instaladas com parceiros do setor”, revela Jacobs.
Trabalho coletivo — A Aliança pela Mobilidade Sustentável cumpre um importante papel, reunindo empresas que atuam em diferentes segmentos deste ecossistema. Isso permitirá trabalhar de forma mais dinâmica e viável — tanto para a produção e comercialização dos veículos elétricos quanto para a expansão dos pontos de abastecimento, ao garantir uma demanda para esses produtos, por parte das locadoras de veículos e da própria 99.
Ao viabilizar e facilitar o acesso dos motoristas parceiros da plataforma aos veículos elétricos, a 99 garante a demanda necessária para a proliferação da estrutura em território nacional. Com esses veículos circulando pelas cidades, consequentemente, os passageiros serão impactados positivamente, afinal, os carros são mais seguros e silenciosos, melhorando toda a experiência do usuário.
Além disso, ao convidar à mesa os principais players do mercado, a coalizão ganha uma representatividade progressiva para debater o tema com o poder público e promover regulamentações que favoreçam toda a cadeia.
“Todos querem o bem da sociedade. Com base nessas referências, estamos aptos a falar sobre o que realmente funciona, em termos práticos, para os motoristas e passageiros, e para a indústria como um todo. Uma vez que o assunto desperta o interesse geral, o poder público poderá avaliar o que é possível fazer, com regulamentações e incentivos que podem impulsionar o mercado e agilizar todo o processo.”, diz Thiago Hipolito, diretor de DriverLAB da 99.
Diminuir custos e ampliar ganhos — Em março deste ano, a 99 lançou o DriverLAB, um centro de inovações que nasceu com o objetivo de proporcionar bem-estar aos motoristas parceiros. Em pouco mais de dois meses, já criou soluções que ampliam os ganhos, diminuem custos e geram mais acessos a diferentes serviços para quem dirige pela plataforma.
Com um investimento planejado de R$ 250 milhões para os próximos 3 anos, o DriverLAB vai focar em três grandes vertentes: habilitar o acesso à plataforma para mais motoristas parceiros da 99; melhorar a condição de vida desses parceiros, principalmente sob o aspecto de retorno financeiro; e manter a agenda de sustentabilidade presente nas discussões, com a 99 agindo como líder desta jornada de transformação.
SOLUÇÕES CRIADAS PELO DriveLAB
Além da Aliança pela Mobilidade Sustentável, em apenas dois meses o Centro de Inovações já desenvolveu as seguintes iniciativas exclusivas para os motoristas que dirigem pela plataforma 99:
• Adicional Variável de Combustível, auxílio que aumenta sempre que a gasolina sobe
• 99Loc: sistema de intermediação que facilita o aluguel de carros, que começou em Belo Horizonte (MG) e deve ser estendido, em breve, para outras cidades
• Parcerias com locadoras de veículos, reduzindo os custos em até 25% para os motoristas
• Instalação do Kit Gás em até 12 vezes, via boleto parcelado modalidade BNPL, sem a necessidade de um cartão de crédito ou conta bancária
• Compra ou troca de veículos com acesso a crédito com a menor taxa do mercado (a partir de 9,9% por todo o prazo escolhido, de até 100 meses), com cartas de crédito vão de R$ 40 mil a R$ 80 mil