Curso gratuito de multimídia recebe inscrições até 10 de julho
As aulas são oferecidas em São Paulo pela Geledés, tradicional organização de combate ao racismo e ao sexismo
2 minutos, 17 segundos de leitura
06/07/2022
Por: Expresso na Perifa
O programa de comunicação da Geledés – Instituto da Mulher Negra está com edital aberto para uma formação multimídia gratuita. Em parceria com o Zoom Cares, o curso capacitará 100 jovens negros da cidade de São Paulo. O objetivo é prepará-los para o mercado de trabalho e estimular a produção de conteúdos sobre direitos humanos, raça e gênero. As inscrições para o processo seletivo vão até o dia 10 de julho.
A primeira turma do curso — que é semestral — formará 30 jovens ainda em 2022. As aulas começam em agosto e os outros dois grupos estudarão em 2023. O público-alvo são comunicadores negros e periféricos que têm de 18 a 29 anos. Eles percorrerão um programa híbrido — online e presencial — de 30 horas teóricas, 60 práticas e 20 destinadas ao trabalho final. Para participar dos encontros na Geledés, todos receberão alimentação e auxílio transporte.
Além aprofundar conhecimentos em temas relacionados ao audiovisual e à comunicação nas oficinas de texto, vídeo, áudio e edição, o programa tratará em uma das matérias da construção e dos marcos do cinema negro ao longo da história.
Os estudantes poderão escolher em qual formato vão produzir e entregar o trabalho final. São três tipos de produto: reportagem multimídia, documentário ou podcast. Independentemente do modelo, todos terão de produzir um texto para a divulgação do material nos canais de comunicação da Geledés.
Segundo informações da própria organização, o Curso de Multimídia da Geledés quer construir um novo olhar social sobre a população negra, partindo da perspectiva de que é possível se comunicar com a juventude e construir narrativas positivas, sem os estereótipos de violência, pobreza ou assistencialismo.
O Curso de Multimídia da Geledés quer construir um novo olhar social sobre a população negra, partindo da perspectiva de que é possível se comunicar com a juventude e construir narrativas positivas, sem os estereótipos de violência, pobreza ou assistencialismo
“Teremos palestrantes e orientadoras e orientadores técnicos. O módulo de formação teórica trará bases conceituais para subsídios e ampliação de repertório em questões estéticas e sócio-políticas”, diz Day Rodrigues, coordenadora de audiovisual e de formação pedagógica no curso. “Na formação prática, vamos possibilitar o acesso à informação e a recursos para produção de conteúdo multimídia.”
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