Buscas por ambientalista Ferrugem chegam ao terceiro dia

Corpo de Bombeiros procura o ambientalista Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem; ele caiu de uma embarcação na represa Billings, zona sul de São Paulo. Foto: divulgação

04/08/2022 - Tempo de leitura: 1 minuto, 56 segundos

Ferrugem tem 41 anos. É presidente da ONG Meninos da Billings e atua na preservação da represa, com foco na educação ambiental do manancial. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu às 20h14 de segunda-feira, 1º de agosto. A embarcação estava voltando de um passeio quando ele caiu e se afogou. A corporação explica que a possibilidade de encontrar o ambientalista com vida é pequena. As buscas, que começaram logo após o acidente, ocorrem sob a supervisão do tenente Sendim na altura da avenida Dona Belmira Marin, perto da primeira balsa.

Com reportagem de Paulo Favero, O Estado de S.Paulo

Foi aberto boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. “O caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 101º Distrito Policial”, disse, em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Segundo o delegado Marcos Gomes de Moura, do 101º DP, no momento a hipótese de crime foi descartada. “Tudo leva a crer que foi um acidente. Abrimos inquérito por homicídio culposo, mas não quer dizer que vai ser isso ao final da investigação. Não posso adiantar muito porque preciso do laudo necroscópico após acharem o corpo”, disse ao Estadão.

O delegado explicou que Ferrugem recebeu R$ 50 para fazer um passeio com dois casais. “Teve uma festinha dentro do barco, as pessoas beberam cerveja e ele até deixou o pessoal pilotar. E em um momento desses, ele estava dançando na parte de trás do barco e uma outra pessoa estava guiando. Foi aí que teve um solavanco, ele e outra mulher caíram”, afirma.

Marcos Gomes de Moura reforça que, depois de cair, Ferrugem ainda ajudou a moça a subir na embarcação. Mas antes que subisse no barco acabou desaparecendo. Pode ter sido atingido pela hélice do barco ou mesmo afundado. Por isso, o laudo necroscópico será importante para a investigação.

“Ele estava sem colete salva-vidas, mas no barco tinha colete. E caiu quando deixou o pessoal pilotar. Já falamos com os envolvidos, todos estão colaborando, apresentaram seus celulares e mandamos para perícia. Ele é conhecido na região porque faz trabalho social e não tem inimigos”, continua o delegado, que acredita que em breve o corpo será encontrado.