‘Mulheres Iluminando o Mundo’

Negra e moradora da periferia, Aline Moreira da Silva é motorista parceira 99 e tem sua história contada no documentário 'Mulheres Iluminando o Mundo'. Foto: Diego Carvalho/Divulgação
Apresentado por 99 e Blue Studio
28/10/2021 - Tempo de leitura: 3 minutos, 55 segundos

Quem é mulher no Brasil entende, desde muito cedo, que o gênero enfrenta desigualdades em diversos campos da sociedade. O mercado de trabalho é um deles: as diferenças salariais na comparação com os homens e a dificuldade de acessar determinadas posições são certamente alguns dos aspectos mais conhecidos, mas não os únicos.

Para levar protagonismo à diversidade e ao empoderamento feminino, o projeto Mulheres Iluminando o Mundo estreia em 28 de outubro, um filme sobre as conquistas e sonhos de oito mulheres brasileiras, entre elas, uma motorista parceira da 99. O documentário é uma realização da Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas, com o apoio da ONU Mulheres e a Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

Mais diversidade

Com 37 minutos de duração, o média-metragem Mulheres Iluminando o Mundo relata histórias de impacto, de conquistas e de sonhos de brasileiras em sua grande diversidade étnica, social e cultural. “A produção nasce para dar visibilidade a histórias de como elas ocupam espaços importantes na sociedade, rompem limites e que, por isso, são inspirações para outras e para as novas gerações”, explica Gisela Arantes, diretora e roteirista.

A grande diversidade de perfis das personagens é uma estratégia de narrativa importante. “Afinal, a mensagem que queremos passar é a de que não há limites para as mulheres – elas podem estar em qualquer espaço, contribuindo com ações incríveis e impactantes. Queremos incentivar para que elas ampliem seus horizontes de atuação, vejam novos referenciais e sejam as protagonistas de suas próprias vidas.”

A vida sob oito óticas

Tendo como ponto forte a diversidade étnica, regional e sociocultural, a iniciativa inspira-se nos sete princípios de empoderamento da ONU Mulheres (WEPs) ao relatar as trajetórias. Uma delas é a de Aline Moreira da Silva, motorista parceira 99, plataforma de tecnologia voltada à mobilidade urbana na qual as mulheres representam 60% dos usuários e apenas 5% dos motoristas parceiros cadastrados em sua base.

Negra e moradora da periferia, Aline começou a trabalhar aos 11 anos, distribuindo panfletos. Antes de ser motorista, atuou em uma clínica de fonoterapia e demorou muito até entender o quanto a relação com seu chefe era abusiva. Até que um dia ele a abordou de forma contundente, e chegou a agredi-la fisicamente, o que a abalou muito. Aline conta que se tornar motorista de aplicativo a fez virar a página: percebeu que gosta muito de dirigir, descobriu autonomia financeira e virou referência entre as amigas e se sente livre.

Outra protagonista é Sandra Benites, antropóloga, doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e curadora adjunta do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Da etnia guarani, ela destaca que a diversidade possibilita que outras vozes expressem suas perspectivas de mundo. “Em todos os lugares existe muita ausência do corpo feminino. Na academia, instituições, na arte, no cinema, principalmente, mulheres têm olhares diferentes do branco hegemônico”, destaca Sandra.

Além destas, a produção também traz a história de Miriam, produtora de cafés orgânicos e Presidente da Aliança Internacional do Café; Major Karla, pilota do corpo de bombeiros de Minas Gerais; Dra. Sonia, professora de física experimental do ITA; Nísia, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Fernanda, presidente da Afrobusiness e cofundadora da Conta Black e, por fim, Paula, diretora sênior da PayPal Brasil.

O filme tem patrocínio da 99, Ernst & Young (EY), Arteris, copatrocínio da ABN-Amro e Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro, além do apoio da ONU Mulheres, Rede Brasil do Pacto Global da ONU, ABBI, 30% Club e Talenses Group.

Agentes de transformação

A 99, uma das patrocinadoras do documentário, é um exemplo de empresa que está no caminho para a construção de cidades mais femininas, com diversas iniciativas nesse sentido, por meio do programa “99 Mais Mulheres”, que reúne todas essas ações. Uma delas é a parceria com o Projeto Justiceiras, desenvolvida com a missão de orientar gratuitamente e online mulheres, motoristas ou usuárias, em situação de vulnerabilidade e violência doméstica, que podem pedir ajuda por meio de um botão no próprio aplicativo.

Há também doação de corridas para aquelas que se destinam às 180 Delegacias das Mulheres em todo o Brasil. Para as motoristas parceiras, a empresa conta com o 99Mulher, um recurso que permite que motoristas recebam apenas corridas com passageiras mulheres. A 99 quer ver cada vez mais as mulheres ocupando as ruas. E, para isso, investe no direito de todas de ir e vir com autonomia, segurança e, acima de tudo, liberdade.