O desenvolvimento de novas tecnologias relativas aos motores elétricos e a combustão não representam somente a busca por um desempenho melhor do automóvel. Uma das metas é baixar consideravelmente a emissão de gases tóxicos no meio ambiente e, consequentemente, combater a poluição mundial.
Com seu know-how e amplos investimentos, a Bosch vem trabalhando em duas frentes para tornar os automóveis mais adequados para o futuro: avançar na direção da eletromobilidade e atingir mais eficiência no motor de combustão interna. Graças às tecnologias para veículos movidos a diesel, a Bosch contribuirá para a redução de emissão de óxido de nitrogênio para um nível pouco relevante.
A iniciativa é muito importante. Afinal, estima-se que, até 2050, o volume do tráfego urbano deverá triplicar em razão do contínuo crescimento do comércio online e, consequentemente, do fluxo de entrega. Não é à toa que as grandes cidades perseguem a equação de oferecer mobilidade e melhorar a qualidade do ar.
A tarefa é complexa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial vive em áreas onde a qualidade do ar é ruim. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por sua vez, calcula que o impacto econômico da poluição do ar é de US$ 5 trilhões em todo o mundo e o aumento dos custos de saúde representa boa parte desse valor.
“Reconhecemos não apenas nossa responsabilidade global, mas também local, pela ação climática no combate à poluição do ar. Para isso, precisamos de mais tecnologia”, afirma Volkmar Denner, presidente mundial do Grupo Bosch.
Os avanços tecnológicos e as mudanças regulatórias já melhoraram um pouco a qualidade do ar, especialmente, na Europa e nos Estados Unidos. Vale lembrar, porém, que a poluição não é provocada apenas pelos veículos. Setores como indústria, agricultura e de energia também estão entre os responsáveis.
Com o objetivo de coletar mais dados sobre os poluentes atmosféricos, a Bosch criou uma tecnologia para medir a poluição que está sendo testada nas áreas metropolitanas de Stuttgart (Alemanha), Paris e Marselha (França). A ideia é mapear em tempo real as condições de uma cidade para elaborar a gestão de tráfego mais eficiente.
Os motores a gasolina igualmente estão no alvo da Bosch, com modificações e tratamento eficiente dos gases de escape para reduzir as emissões de particulados a um nível 70% menor que o padrão Euro 6d-Temp.
A empresa busca minimizar as emissões de partículas produzidas pelos sistemas de frenagem com soluções como o iDisc, que gera só 10% da poeira produzida por um disco de freio convencional.
Além disso, o sistema de freio regenerativo pode diminuir a poeira provocada pela frenagem em mais de 95% dos veículos elétricos.
Baseada na coleta de informações em Stuttgart e de municípios vizinhos sobre como o tráfego deve mudar a fim de reduzir as emissões, a Bosch está aconselhando as cidades sobre planejamento e gestão de trânsito. Um exemplo: Stuttgart tem o entroncamento mais movimentado da Alemanha. Ali, a Bosch mostrou que, ao manter um fluxo constante, é possível baixar os níveis de emissões em 20%.
As iniciativas da Bosch para melhorar a qualidade do ar vão além do motor. “Estamos nos concentrando no amplo cenário e observando as tendências de mobilidade de longo prazo, especialmente em áreas urbanas”, afirma Denner.
São medidas que, juntas, serão capazes de melhorar a qualidade do ar e de vida para a população.