A discussão Shimano x Sram é vasta dentro do mundo das bikes, sendo que as marcas cresceram com a modalidade e são nomes de peso atualmente
Assim, neste artigo vamos conhecer as marcas, as diferenças entre elas e os principais produtos de transmissão vendidos por elas. Confira!
A princípio, com o avanço do mundo das bikes, em especial pelo avanço tecnológico e a criação de novos modelos de veículos, o mercado se tornou bastante vasto e cheio de opções para os ciclistas amadores e também para os profissionais.
A Shimano e a Sram são algumas das principais indicações para quem busca conforto, segurança e qualidade no mercado de duas rodas. Os produtos são de primeira linha e estão presentes nos principais eventos pelo mundo, como é o caso do Tour de France, por exemplo.
Assim, a Shimano surgiu no ano de 1921 no Japão e, hoje, é uma multinacional e fabricante de peças para ciclismo e pesca. Chegou a produzir produtos para golfe até 2005 e para snowboard até 2008. Por isso, a empresa é reconhecida pelos seus produtos para bikes e produz seus modelos de acordo com o uso do equipamento, desde linhas profissionais até linhas para passeio.
Em seguida, em 1956, a empresa iniciou a produção de câmbios para bike. No fim dos anos 80, a empresa já era uma das líderes no segmento de equipamentos de ciclismo, sendo considerada como padrão de peças para mountain bikes (MTB).
Ainda mais, em 1984, lança um sistema que indexava as marchas, chamado SIS. Com ele há uma sincronização entre trocador do câmbio e o câmbio em si. Assim, em 1990, lançou o Shimano Pedaling Dynamics (SPD), sistema de pedal de encaixe para se prender a sapatilhas especiais.
Além disso, possui escritórios em países como Austrália, Singapura e Indonésia e patrocina diversas equipes de bikes pelo mundo.
Por outro lado, a Sram surgiu no Estados Unidos em 1987 e é uma fabricante privada de componentes para bicicletas, com sede em Chicago. O nome da empresa deriva dos nomes dos fundadores da empresa – Scott, Ray e Sam – para formar a sigla SRAM.
Assim, a empresa é conhecida por produzir componentes de ciclismo, incluindo alguns desenvolvidos internamente, como é o caso do Grip Shift, EAGLE, Double Tap, trens de força dedicados para montanha e estrada 11×11, e Sram Red e Tap.
Além disso, a empresa cresceu de forma orgânica e por meio de aquisições para se tornar uma marca de componentes de ciclismo de alta qualidade, vendendo sob as marcas Sram, Avid, RockShox, Truvativ, Quarq, Zipp e pedais TIME Sport.
Todavia, seus componentes são fabricados, em especial, de forma interna, em fábricas localizadas em Portugal, Taiwan, China e Estados Unidos, e são distribuídos e vendidos como equipamentos de fabricante de equipamento original (OEM) e componentes de reposição em mercados globais.
Assim, ao fazermos esse comparativo no artigo de hoje devemos levar em conta alguns aspectos das duas marcas:
A princípio, a comparação que temos é a linha de transmissão das duas marcas. No caso da Shimano, conhecemos três grupos: Saint e Zee, usadas para o downhill, e a Tourney, uma linha abaixo da Altus (mais simples da marca) e que pode ser usada tanto para MTB como para o ciclismo recreativo e de passeio em estradas de terra.
As linhas de transmissão se classificam como:
Os modelos possuem cabos elétricos e o visor do passador é digital, mostrando o total de bateria que o sistema tem (Di2 = Digital Integrated Inteligence).
Em seguida, na Sram, o início deste modelo começou com a Eagle (NX, GX, XO1 e XX1) e o SX Eagle. Não levamos em consideração neste comparativo os conjuntos EX1, X9 e X7. Por outro lado, os conjuntos X3, X4 e X5 não recebem atualização há anos e tendem a ser descontinuados.
As linhas se dividem em:
Para entendermos cada marca, vamos começar pelas linhas de entrada:
Assim, o comparativo ocorre da seguinte maneira:
Altus: por mais que seja a linha mais básica, hoje ela já traz as tecnologias das outras linhas superiores da Shimano. A Acera é uma linha bem próxima da Alivio, sendo que esta é a mais completa para quem busca um sistema de alta potência.
Assim, dentre suas características, se destacam duas: oferta de pedivela duplo e triplo e cassete com 9 velocidades.
Por outro lado, na Sram, podemos destacar que a X3 é uma linha bem básica, que não chega a ser muito usada em mountain bike, por não oferecer um pedivela da linha. Seu câmbio traseiro aceita cassetes de 7v, 8v e 9v e os passadores possuem 7 marchas. Com um kit completo, a bike poderia chegar até 21v.
Em seguida, a linha X4 é mais sofisticada e possui tecnologia Direct Route (cabo chega por cima e não por trás). Ela alcança até 8 marchas, sendo que o kit completo pode oferecer até 24 marchas para o ciclista. Além disso, o X4 também não possui oferta de pedivela ou cassete próprio nem câmbio dianteiro.
Por fim, a X5 é a mais completa da marca, com passadores e câmbio traseiro de 10v e até mesmo pedivela com movimento central integrado de 3 e de 2 coroas.
Em seguida, nas linhas intermediárias da Shimano, destacamos a evolução da linha Deore, que se aproximou da SLX e até com algumas tecnologias da XTR, compartilhando, em especial, o cassete Micro Spline de 10-51v.
Nas linhas SLX, uma das mais características da Shimano, tem transferido suas tecnologias para as linhas inferiores com o passar dos anos. Por isso, não só o grupo possui inúmeras tecnologias da XT e XTR, a exemplo da corrente em Sil-tec, como também oferece conjunto 1×12 (e até um 3×10) e um cassete 10-51v.
Na Sram, a qualidade ganhou um salto significativo de uns anos para cá, com a inclusão do sistema Eagle nos conjuntos NX e GX. Contudo, a marca também lançou o conjunto SX Eagle, deixando a faixa intermediária de componentes com 3 grupos.
Nesse sentido, o novo GX Eagle vem com um cassete 10-52, uma opção de pedivela em carbono e outras tecnologias que o tornam uma opção até superior do que o SLX da Shimano. Assim, o conjunto NX Eagle possui o cassete 11-50, peso e tecnologias muito parecidos com a da GX Eagle, mas continua atrás do novo Deore M6100 da Shimano.
Em seguida, na análise das linhas de ponta, a XT e a XTR estão sempre à frente. São os modelos com maior qualidade da Shimano e ficam melhores se inserido duas versões eletrônicas, que ganharam a sigla Di2.
A XTR tem um acabamento melhor do que a XT, porém todas as tecnologias são as mesmas, Shadow RD+, Sil-tec, Multi Release, Instant Release, entre outros.
Por isso, o XTR é um componente a nível de competições internacionais, sendo que o XT é um kit para quem compete com frequência, mas não tem pretensão de se tornar um profissional.
Pelo lado da Sram, temos a linha XX1 Eagle, a melhor das linhas, e o XO1 Eagle, que possuem transmissão 1×12 com cassete 10-52, tendo até 520% de alcance.
Na análise tecnológica e técnica, são componentes com passadores super eficientes, câmbios que geram uma tensão de corrente impressionante e leveza incrível.
Se o ciclista levar em conta o lado estético, tanto XO1 Eagle como XX1 Eagle oferecem um trabalho de cores mais variado, algo que a Shimano não incorporou e mantém apenas os tons acinzentados nas linhas.
Por fim, se for levar em conta todos os projetos e tecnologias apresentados pelos componentes citados neste artigo, o ciclista optará pelos produtos da Shimano, mas a Sram se destaca pelo seu componente X5 ser superior a Alivio.
Por outro lado, para quem busca algo mais rápido e eficiente, se ficar dependendo de novas tecnologias a serem lançadas, os produtos da Altus e Acera estão bem acima das linhas X3 e X4.
Agora dependerá do ciclista escolher o seu produto, seja ele pela tecnologia e confiança. Avalie as opções e boa pedalada!
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Zomi do Bike com muito Bacon
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