O espaço isolado acusticamente tem tatames acolchoados no chão e paredes e foi decorada com tons claros.
Uma nova sala no mezanino superior da Estação Pinheiros, da linha 9-Diamante do metrô, um dos principais terminais intermodais da Zona Oeste da capital paulista, é discreta. Mas para quem sofre de crises sensoriais, de ansiedade ou transtorno de espectro autista (TEA), ela pode fazer toda a diferença.
Inaugurada no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a sala sensorial foi criada para oferecer tranquilidade para pessoas que estejam passando por crises. Assim, longe dos excessos de luz, sons e movimento, típicos de qualquer estação metroviária, o ambiente foi planejado para estimular calma e equilíbrio.
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O espaço isolado acusticamente tem tatames acolchoados no chão e nas paredes e decoração em tons claros. Além disso, o local conta com brinquedos, pufes, sofás e um balanço em formato de trem.
A ação é uma iniciativa é da ViaMobilidade Linhas 8 e 9, pertencente ao Grupo CCR. Ao mesmo tempo, vinculada ao mesmo grupo, a ViaMobilidade Linhas 5 e 17 lançou outra sala sensorial na estação Santa Cruz (Linha 5-Lilás), na Vila Mariana.
A primeira sala desse tipo no metrô de São Paulo nasceu de uma experiência real de uma mãe de uma pessoa com autismo, a arquiteta Ana Paula Chacur. Ela estava na estação Jabaquara com sua filha, Helena, autista nível 3, quando a pequena teve uma crise sensorial. Em seguida, funcionários do metrô acolheram Helena, e Ana Paula começou a elaborar a ideia de uma sala voltada para situações como a que sua filha passou.
A ideia virou projeto, e, assim, em uma colaboração entre passageira e concessionária, nasceu a sala sensorial da estação Tatuapé, zona Leste de São Paulo, inaugurada em 2023. Chacur também foi responsável pelo desenho das salas sensoriais criadas em seguida nas estações Santa Cruz e Barra Funda. Ela não participou do projeto da sala criada na Estação Pinheiros.
Para André Costa, diretor da concessionária nas Linhas 8 e 9, a criação das salas é uma forma de “oferecer aos clientes serviços que tornem seus deslocamentos diários mais confortáveis, é ter o bem-estar aliado à mobilidade. Assim, temos como missão promover o respeito e o acolhimento aos diversos perfis de pessoas que atendemos diariamente”.
Funcionário aprendiz da Via Mobilidade e pessoa com transtorno do espectro autista, contudo, Flávio de Jesus saudou a iniciativa. “Precisamos compreender que os neurodivergentes possuem suas diferenças. Às vezes, coisas rotineiras e simples para algumas pessoas, para nós são diferentes e mais complexas”.
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