Carros elétricos: BYD Dophin é o elétrico mais vendido no BrasilCarro elétrico: BYD Dophin é o elétrico mais vendido no Brasil
Mais carros elétricos nas ruas e, a partir daí, aumentar a infraestrutura de recarga no País ou instalar os eletropostos em profusão para aguardar a expansão da frota movida a bateria? Diante desse dilema, o Brasil caminha para adotar uma solução equilibrada.
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Ao mesmo tempo em que registra recordes nas vendas de modelos de carros eletrificados, o número de estações – e o aprimoramento delas – cresce na mesma proporção.
Como exemplo, listamos, a seguir, algumas iniciativas recentes que demonstram o compromisso com o desenvolvimento desse ecossistema.
O ano de 2024 vem registrando aumento expressivo de vendas de modelos de carros elétricos e eletrificados no Brasil. Dessa forma, de janeiro a setembro, foram emplacados 122.548 veículos elétricos e híbridos, o que representa evolução de 113% em relação ao mesmo período do ano passado.
Atualmente, o número é alcançado no momento em que o País supera a marca simbólica de 10 mil eletropostos instalados.
“Nossas avaliações estão se confirmando”, celebra Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). “As vendas em alta catapultam o ecossistema de empresas associadas à eletromobilidade nas principais regiões do País”, afirma.
Entretanto, Bastos destaca que o avanço da infraestrutura de recarga reflete em novos empregos, investimentos e desenvolvimento de equipamentos, componentes, peças e softwares.
Assim, de acordo com a entidade, a proliferação de postos dá mais tranquilidade aos usuários na hora de programar as viagens sem medo da “pane seca”, ou seja, o risco de o automóvel ficar com a bateria descarregada no meio do caminho.
O levantamento dos pontos de recarga para carros elétricos é feito pela empresa Tupi Mobilidade em parceria com ABVE. Em dezembro de 2020, o Brasil contava com 350 postos.
Assim, o maior salto aconteceu no período de dezembro de 2023 para março passado: de 4.300 para 7.758 estações.
Maranhão, no entanto, foi o estado que apresentou o principal crescimento. Em março, ele oferecia 40 pontos e, seis meses depois, os donos de carros eletrificados já podem usar 109 postos, uma curva de 172,5%.
A rede de franquia de energia solar Solarprime, em parceria com a BelEnergy, distribuidora e importadora de equipamentos fotovoltaicos, criou a Moby, nova empresa de soluções integradas de carregadores, que incluem a instalação de uma malha de eletropostos.
A proposta inicial é implantar estações em duas eletrovias: entre o Distrito Federal e Goiânia (GO) e da cidade de Campinas (SP) ao litoral paulista. O projeto abrange outras regiões em estudo e que já contam com um número considerável de veículos elétricos.
Para o CEO da Solarprime, Mário Campo Grande, o objetivo da Moby é aproveitar a capilaridade da rede de franquias em todo o País. “Nossa meta é instalar e conectar 200 carregadores até dezembro, integrando o uso de aplicativos para gerenciamento da recarga inteligente e eficaz”, afirma.
No primeiro momento, a Moby venderá dois modelos de carregadores: semirrápidos (22 kW) e rápido (60 kW), ambos com conectores compatíveis com a maioria dos veículos eletrificados do mercado.
Assim, na fase inicial de operação, as empresas parceiras investirão R$ 2 milhões para importação dos equipamentos. Campo Grande adianta que a Moby planeja explorar rotas ainda inéditas.
“Atualmente, o dono de um veículo elétrico precisa de vários aplicativos de acordo com a rede utilizada. Com a solução Moby Recarga, será possível unificar carregadores e aplicativos de gestão e pagamentos.
Ao lançar em agosto o EV5, primeiro carro 100% elétrico da marca para o mercado brasileiro, a Kia fez um acordo com a WEG, empresa global de equipamentos eletroeletrônicos, que fornecerá a estação de recarga aos compradores do modelo.
Dessa forma, o acordo prevê a entrega do aparelho Wemob Wall, de 7kW em corrente alternada (CA), além de disponibilizar estações de recarga rápida em corrente contínua (CC) de 30, 40, 60 e 80 kW.
Nas concessionárias Kia serão instalados equipamentos Wall e Parking, que fazem a recarga em 7,4 kW e 22 kW, respectivamente.
Dessa forma, segundo a WEG, os dois carregadores são mais apropriados para residências, condomínios e estabelecimentos comerciais, podendo se conectar à internet e às plataformas de gestão para cobrança ou rateio do consumo de cada cliente.
O controle de acesso acontece via cartão de proximidade (tags RFID) ou aplicativo Wemob EV Drivers. A tecnologia também permite que os motoristas visualizem as informações sobre os pontos de recarga em tempo real.
Não são apenas as montadoras que aperfeiçoam seus carros elétricos para lançá-los em um mercado tão competitivo. As empresas de eletromobilidade também buscam oferecer carregadores mais sofisticados para facilitar a vida do usuário.
A NeoCharge tem duas novas soluções no País: DC NeoCharge NDC30 (com recarga de 40 a 80 minutos) e DC NeoCharge NDC60, capaz de reabastecer a bateria de 30 a 40 minutos somente com um plugue, ou 80 minutos, com dois plugues simultaneamente.
Segundo a empresa, os equipamentos possuem alto desempenho, baixa manutenção, possibilidade de recarga compartilhada e são ideais para funcionar em postos de abastecimento das rodovias, lojas de conveniência, estacionamentos e centros empresariais.
“Os aparelhos são robustos e eficientes, com configuração e operação muito simples. De quebra, permitem monitoramento e o gerenciamento da recarga remotamente”, afirma Ayrton Barros, gerente geral da NeoCharge.
Com potência de 30 kW, o DC NeoCharge NDC30 mostra informações como recargas, energia consumida, cobrança e agendamento da operação. A instalação do aparelho é feita na parede ou em totem, na área interna ou externa.
Já o carregador NDC60 trabalha com potência de 60 kW e, entre suas funcionalidades, exibe estado do carregamento, energia dispendida e diagnóstico de erros na operação. Os dois dispositivos têm garantia de 24 meses.
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