O Aeroporto Internacional de São José dos Campos (SJK Airport), em São Paulo, receberá o primeiro vertiporto da América Latina. A estrutura é essencial para o pouso e decolagem dos chamados “carros voadores”, nome popular das aeronaves elétricas, os eVTOLs. O projeto de mobilidade aérea é uma parceria da SJK Airport, empresa gerenciadora do serviço em São José dos Campos, e a VertiMob Infrastructure.
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O anúncio publicado no dia 10 também marcou a assinatura do memorando de entendimento (MoU, da sigla em inglês para Memorandum of Understanding) para dar início ao projeto. Conforme previsão das empresas, a operação para instalação do aeroporto para carros voadores deve iniciar em 2025. A conclusão da construção e o início das operações estão previstos para 2027. O vertiporto experimental deve ser implantado na área de teste de motores do aeroporto de São José dos Campos.
A partir de agora, as organizações pretendem se unir para o desenvolvimento de todo o ecossistema de mobilidade aérea avançada (AAM) no Estado de São Paulo. Em simultâneo à assinatura, o projeto também pretende fazer parte do processo regulatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ambas as iniciativas têm como objetivo o avanço de projetos para carros voadores no País.
São Paulo e Rio de Janeiro estão apontadas como as principais cidades brasileiras que podem receber eVTOL e infraestrutura para vertiportos nos próximos três anos. Assim como São José dos Campos, municípios localizados a até 160 km dessas capitais, também aparecem como possíveis pontos de aeroporto para carros voadores.
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Esse limite de 160 km tem relação com a capacidade atual das baterias que movem os carros voadores. No entanto, também representa um mercado promissor para companhias aéreas: “não existe serviço aéreo para atender distâncias entre 100 e 300 km. Aviões não operam em menos de 300 km e carros tornam essas viagens demoradas”, afirma Camilo Oliveira, responsável pelas relações institucionais da Azul.
No Estado de São Paulo, Campinas, Jundiaí e Sorocaba aparecem como possibilidades por estarem ao alcance dos carros voadores da capital paulista. Por outro lado, no Rio de Janeiro, cidades como Angra dos Reis, Petrópolis e Teresópolis, por exemplo, são vistas como opções viáveis dentro do raio de voo das aeronaves cariocas.