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Carros voadores: quais cidades brasileiras podem receber eVTOL

Por: Fellipe Gualberto, especial para o Mobilidade . 24/05/2024
Inovação

Carros voadores: quais cidades brasileiras podem receber eVTOL

Conheça os municípios que possuem capacidade para permitir a operação das aeronaves

3 minutos, 30 segundos de leitura

24/05/2024

Por: Fellipe Gualberto, especial para o Mobilidade

protótipo de evtol da eve sobrevoando a cidade
São Paulo deve ser a primeira cidade do País a receber os carros voadores. Foto: Divulgação/Eve

São Paulo e Rio de Janeiro são apontadas como as principais cidades brasileiras que podem receber eVTOL (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical) e infraestrutura para vertiportos nos próximos 3 anos. Ao mesmo tempo, municípios localizados a até 160 km dessas capitais também são cogitados como possíveis pontos de embarque e desembarque.

No estado de São Paulo, Campinas, Jundiaí e Sorocaba aparecem como possibilidades por estarem ao alcance dos carros voadores da capital paulista. Por outro lado, no estado do Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e Teresópolis são opções dentro do raio de voo das aeronaves cariocas.

O limite de 160 km é ditado pela capacidade atual das baterias que movem os carros voadores. No entanto, também representa um mercado promissor para companhias aéreas: “não existe serviço aéreo para atender distâncias entre 100 e 300 km. Aviões não operam em menos de 300 km e carros tornam essas viagens demoradas”, afirma Camilo Oliveira, responsável pelas relações institucionais da Azul.

Leia mais: Carros voadores, conheça os veículos mais avançados no Brasil

Futuras cidades a receber infraestrutura para eVTOL

Apesar de estar no alcance dos eVTOLs instalados nas capitais, cidades de menor porte não devem possuir carros voadores tão cedo.

Sérgio Ceccuta, sócio da SMG Consulting e especialista em mitigação de riscos, aponta que “em um país como o Brasil, vocês verão o começo da mobilidade aérea avançada em São Paulo e Rio de Janeiro. Posteriormente, a expansão será em Brasília e Belo Horizonte”.

Na visão do especialista, capitais estaduais e centros financeiros devem ser os primeiros a possuir vertiportos. Inicialmente, os voos devem ocorrer apenas dentro das cidades. Por fim, quando municípios menores nos arredores forem capazes de ter infraestrutura, as viagens entre cidades devem começar.

Ceccuta também enfatiza: “no próximo ano, não espere ir de São Paulo para Rio de Janeiro de eVTOL”. As baterias das naves devem favorecer voos curtos e serviço de taxi aéreo.

São Paulo como pioneira

evtoll
Características da cidade favorecem o trafego de eVTOLs. Foto: Divulgação/Eve

A capital paulista deve ser a primeira das cidades brasileiras a receber eVTOL, os motivos são diversos.

Em primeiro lugar, os paulistanos já estão acostumados com helicópteros. São Paulo é a cidade com mais helicópteros do mundo, tendo uma frota com mais de 200 naves e sendo a única do planeta com um centro de comando para veículos do tipo.

Rogério Prado, CEO da PAX Aeroportos, sintetiza o cenário dizendo que a operação de eVTOLs “começará em São Paulo, mas temos a visão de desenvolver para o Rio de Janeiro”. Além dos cariocas terem menos infraestrutura, o relevo da capital fluminense também pode ser desafiador.

Primeiros voos

Longe de realizar voos entre cidades, os carros voadores devem começar com viagens dentro de um município. Sobre a operação em São Paulo, Prado afirma que “em um primeiro momento, a rota mais intuitiva é do aeroporto para o centro financeiro”.

O especialista em aviação afirma que vê “os vertiportos, em um primeiro momento, como uma extensão natural dos aeroportos” e que Campo de Marte e Jacarepaguá são opções para começar.

Sérgio Ceccuta, concorda que os voos devem começar em terminais de aviões. “Vocês terão no começo o uso de estrutura já existente, como os aeroportos. Em uma segunda onda, os eVTOLs usarão os telhados de shoppings e edifícios, ai começaremos a construir vertiportos”, afirma.

As limitações do eVTOL não são apenas devido a falta de locais para pouso, mas também tecnológicas. De acordo com Ceccuta: “A última fase das viagens com com carros voadores vai depender mais dos avanços tecnológicos e do aumento da potencia das baterias. Neste momento, os paulistas poderão ir para a praia de eVTOL e fazer viagens longas”.

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