O uso de produtos ecológicos, a reciclagem, a reutilização e, principalmente, o cuidado com o lixo produzido são práticas que ganham cada vez mais adeptos. Esse consumo consciente pode, e deve, se estender ao mundo automotivo.
“Nós, como motoristas, podemos adotar algumas atitudes que contribuem para preservar e não prejudicar o meio ambiente”, diz Luciana Félix, especialista em mecânica automotiva e proprietária da Na Oficina, em Belo Horizonte (MG).
“A primeira coisa que a gente, enquanto consumidor, precisa saber quando encaminhar o carro para a oficina é qual a destinação do lixo produzido durante o serviço.”
Ela afirma que sua oficina separa o lixo reciclável daquele que deve ser incinerado. O problema é que, muitas vezes, o cliente leva peças que foram substituídas para casa. Posteriormente, porém, não descarta o material adequadamente.
Seja um filtro de óleo usado, seja um jogo de velas: a maioria dos itens está contaminada. Oficinas sérias trabalham em parceria com empresas especializadas para a coleta desse tipo de resíduos. “Se levar para casa, o cliente provavelmente vai descartar tudo isso no lixo comum, o que é péssimo para o meio ambiente”, diz.
“Na minha oficina, eu mostro as peças substituídas para o cliente após o término do serviço, explico que fazemos a destinação adequada e, caso ele insista em levá-las, peço que ele assine um termo assumindo a responsabilidade pelo descarte correto daquele material.”
Luciana Félix explica que as pessoas podem adotar ainda outras práticas responsáveis, como evitar o desperdício de água ao lavar o carro (usar balde no lugar da mangueira) e ficar atento ao lixo produzido durante a manutenção. Embalagens de lubrificantes e aditivos, por exemplo, nunca devem ser jogadas no lixo comum. “Se você completou o óleo do motor em casa, por exemplo, leve a embalagem vazia até o posto de combustível ou de troca de óleo, pois esses locais são atendidos por um serviço de coleta que providencia o descarte correto. Além disso, é bom ficar atento ao adquirir produtos automotivos, pois já existem opções amigáveis (ou menos agressivas) ao meio ambiente, é só conferir no rótulo”, explica.