No fim de setembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou que o preço médio da gasolina aumentou pela oitava semana seguida nos postos de todo o País, e o valor do litro combustível superou R$ 6, enquanto o custo do etanol (que também registrou alta) se aproximou de R$ 5. Em novembro, esse valor chegou a R$ 8 em alguns estabelecimentos.
Diante do custo da gasolina e da possibilidade de muitos automóveis flex oferecerem a vantagem de trabalhar com dois combustíveis, além da mistura de ambos em qualquer proporção, surge a dúvida: qual é a melhor opção na hora de abastecer?
Everton Silva, diretor de tendências tecnológicas da AEA – Associação de Engenharia Automotiva, explica que, de maneira geral, os proprietários de veículos com motores flex de aspiração natural podem seguir a regra dos 70%. Encher o tanque com etanol só compensará financeiramente se o seu preço corresponder a até 70% do cobrado pelo litro de gasolina.
“A relação de poder calorífico entre o etanol e a gasolina é por volta de 70%, ou seja, a energia contida em um litro de gasolina é 30% maior do que a contida em um litro de etanol, e, assim, você pode ter uma autonomia 30% maior usando gasolina”, afirma o diretor da AEA.
O especialista lembra, contudo, que essa regra pode variar, dependendo da fabricante do veículo e do modelo. “É melhor conferir o manual do proprietário ou o selo do Conpet, porque ali consta o consumo do veículo com gasolina e com etanol; então, basta calcular qual é a diferença porcentual entre um e outro. Por exemplo: se o consumo de etanol do seu carro for 70% inferior ao obtido com gasolina, vai valer a pena abastecer com etanol se o preço desse combustível corresponder a até 69% do cobrado pela gasolina.” É possível saber o consumo de seu automóvel no site do Inmetro.