‘Nosso grande desafio é incentivar o transporte coletivo e desestimular o particular’, diz Ricardo Nunes

Eletrificação da frota de ônibus da cidade foi mencionada pelo prefeito a durante o Summit Mobilidade 2024. Foto: Thiago Queiroz/Estadão

28/05/2024 - Tempo de leitura: 1 minuto, 49 segundos

A concentração do emprego nas regiões centrais e os deslocamentos diários da população, o chamado movimento pendular, foi mencionado por Ricardo Nunes (MDB), prefeito da cidade de São Paulo, durante sua participação no Summit Mobilidade 2024, evento que neste ano ocorreu no formato presencial na Casa das Caldeiras, na capital, nesta terla-feira (28).

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Como instrumentos para lidar com desafios de infraestrutura da capital, Nunes mencionou o Plano Diretor, a Lei de Ocupação do Solo e Planos de Incentivos, como o que a cidade concede benefícios fiscais para automóveis elétricos, e a aposta em um transporte público que seja atrativo para as pessoas, com atributos que não são encontrados no sistema atual.

O desafio de desestimular o transporte particular, responsável pelos engarrafamentos da cidade, má qualidade do ar, entre outros impactos negativos, também foi reforçado pelo prefeito.

“Cerca de 64% de todo o dióxido de carbono da atmosfera de São Paulo é proveniente dos veículos. Se nas gerações passadas estimulávamos nossos filhos a se habilitarem e a terem carro póprio, hoje precisamos fazer com que eles se sintam atraídos pelo transporte público”, disse Nunes.

Contratos

Sobre os desafios de sua gestão, o prefeito mencionou a substituição dos ônibus movidos a diesel por veículos elétricos, e a queda de passageiros no transporte coletivo – que passou de 9 milhões em 2019 para 7 milhões atualmente – e da meta de construção de 300 km de ciclovias até o final deste ano – sendo que apenas 10% desse total entregue, efetivamente, até o momento.

“Especificamente sobre a eletromobilidade em nossa frota coletiva, uma conquista foi a portaria que proíbe que as concessionárias façam a aquisição de ônibus a diesel na renovação da frota, ou seja, está proibido por contrato a subtituição por um veículo que não seja elétrico”, disse.

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