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“Transporte sobre trilhos não é transição climática, é solução climática”, diz diretora da ANPTrilhos em evento em SP

Por: Daniela Saragiotto . Há 2 dias
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“Transporte sobre trilhos não é transição climática, é solução climática”, diz diretora da ANPTrilhos em evento em SP

Ana Patrizia Lira, diretora executiva da associação, falou sobre os impactos ambientais e sociais do setor metroferroviário em evento nesta quarta (8)

2 minutos, 57 segundos de leitura

08/10/2025

Especialistas participam do Mobility Day, evento realizado nesta quarta (8) na capital paulista. Foto Fernando Santos Araújo/Divulgação Alstom
Especialistas participam do Mobility Day, evento realizado nesta quarta (8) na capital paulista. Foto Fernando Santos Araújo/Divulgação Alstom

Ana Patrizia Lira, diretora executiva da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), disse em evento na capital paulista nesta quarta-feira (8) que o transporte metroferroviário não é uma medida que favorece a transição climática, e sim a maneira mais eficaz de resolver os desafios do clima nas grandes metrópoles.

“O modal é a própria solução climática. Basta olhar a economia gerada pelo setor metroferroviário em relação à emissão de poluentes na atmosfera, que foi da ordem de R$ 12 bilhões no ano passado e R$ 432 milhões economizados em redução de acidentes”, afirma.

De acordo com ela, os sistemas metroferroviários contribuem para reduzir emissões de poluentes, desafogar o trânsito e melhorar a qualidade de vida nas cidades.

Saiba mais: Número de passageiros de trem e metrô no País desacelera e transporte individual cresce em 2025

Painel sobre transição climática e descarbonização

A executiva fez a mediação do painel O Caminho para uma Mobilidade Urbana Descarbonizada e mais Inclusiva, durante o Mobility Day. O evento foi realizado na capital paulista, por ocasião do aniversário de 70 anos da Alstom no Brasil, que serão completados em novembro.

Também participaram, contudo, Pedro Suter, vice-presidente de riscos, tecnologia, inovação e sustentabilidade da Motiva; Tomas Anker, senior investiment officer do International Finannce Corporation (IFC). Além de Ricardo Sanchez, head de business development e concessões da Acciona e Véronique Andriès, vice-presidente de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa da Alstom.

Estratégia para descarbonização

Pedro Suter comentou sobre o impacto negativo do setor de transportes nas emissões de gases de efeito estufa e sobre a estratégia da Motiva. De acordo com ele, o segmento emite atualmente em torno de 260 milhões de toneladas de C02 na atmosfera.

“Fizemos um amplo estudo e identificamos três grandes alavancas para a descarbonização. A primeira é a mudança da matriz energética, e, nesse sentido, seguiremos com foco nos investimentos em trilhos no Brasil”, menciona. “Já as duas últimas apostas são biocombustíveis e eletrificação. Esse é o futuro que vemos para que o Brasil possa alcançar suas metas”, diz.

Suter também falou sobre a agenda da companhia para mitigação dos riscos do setor. Nesse sentido, disse que o Brasil é o primeiro País a exigir das empresas listadas em bolsa que precifiquem seus riscos. “Nós já traremos no balanço de 2027 essa precificação de riscos”, afirma o executivo da Motiva.

Financiamento climático

Outro participante foi Tomas Anker, senior investiment officer do International Finannce Corporation (IFC), uma das subsidiárias do Banco Mundial. A entidade viabiliza financiamento para o setor privadodas econoias , falou sobre a experiência da instituição com obras e projetos de infraestrutura em mobilidade.

“Temos experiência com esse tipo de projeto e há vários deles estão no nosso pipeline. Eles aumentaram nos últimos anos, entre eles os relacionados ao transporte sobre trilhos”, diz Anker.

De acordo com ele, a mudança climática levará 130 milhões de pessoas à pobreza no mundo até 2030. “Nesse aspecto, é preciso levar em conta que o Brasil está no final da lista do financiamento climático, atrás de várias economias em desenvolvimento. Então, vejo que há ainda muito espaço para crescer”, diz o executivo da IFC.

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