O que define as disposições dos assentos nos vagões

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O que define a disposição dos assentos das linhas de trem e metrô de São Paulo

Por: Vitor Queiroz . Há 3h
Mobilidade para quê?

O que define a disposição dos assentos das linhas de trem e metrô de São Paulo

Confira o que dizem as concessionárias e o presidente da associação dos engenheiros do metrô

2 minutos, 46 segundos de leitura

13/10/2025

Assentos nos trens da CPTM e do Metrô possuem configurações diferentes
Assentos dos trens modelo 8500 da CPTM. Um modelo de disposição misto, combinando assentos laterais e transversais para cumprimento das regras. Foto: Divulgacão/CPTM

Você já deve ter reparado como diferentes linhas de trem e metrô na cidade de São Paulo possuem disposições de assentos nos vagões distintos em cada uma delas. Tudo isso é apenas guiado pelo projeto de cada empresa, que decide como configurar as cadeiras de acordo com seus trens. Mas o projeto final sempre deve obedecer a uma norma para oferecer o mínimo de conforto para os passageiros.

A norma ABNT NBR 14183, de 2015, é a regra que deve ser seguida por todos os projetos de transportes metroviários na cidade de São Paulo e no Brasil. De acordo com o texto, o número de assentos mínimos necessários para cada vagão deve representar cerca de 15% do total de passageiros que o carro comporta.

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Além disso, a norma ABNT NBR 14021, que aborda o tema da assessibilidade, é ainda mais restritiva aos projetos: “Algumas normas de piso, padronização de portas e espaços vazios para que cadeiras de pessoas com deficiência possam girar no mínimo 180º são mais rígidas que as normas de conforto gerais”, afirma Luis Kolle, presidente a Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô (AEAMESP).

As diferentes disposições de assentos

Na CPTM, os trens possuem em média 350 assentos, com cerca de 43 lugares por carro, dispostos com assentos laterais e transversais, com o espaço livre no centro dos vagões e próximos às portas.

Já na Linha 4 Amarela a ordem de assentos é semelhante, misturando assentos transversais e laterais no vagão. Os trens da ViaQuatro possuem 306 assentos, com disposição de 52 assentos nos vagões padrão e 49 nas extremidades.

Nos trens das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, operadas pelo Metrô, os bancos estão apenas configurados transversalmente com dois assentos de frente e de costas em relação ao movimento do trem. Assentos laterais são de uma única cadeira e geralmente são reservados para pessoas com mobilidade reduzida ao lado da portas.

Os assentos nos vagões da Linha 6-Laranja

O próximo projeto metroviário a ser entregue em São Paulo será a Linha 6-Laranja, uma obra cujos trens serão da Alstom e terão apenas cadeiras laterais nos vagões, aumentando o espaço livre no centro do carro. Segundo Rafel Zaneti, gerente de engenharia da Alstom Brasil, os trens respeitarão a norma de 15% de assentos mínimos da capacidade do carro.

Essa capacidade máxima do carro, segundo a Alstom, é calculada com a densidade de 6 a 8 passageiros por metro quadrado, o que, segundo a Norma ABNT NBR 14183, já é um nível de desconforto nas viagens.

Os trens da Linha 6-Laranja terão 38 assentos nos carros das extremidades e 44 nos intermediários, totalizando 252 assentos.

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“A principal variável no projeto de disposição dos assentos é o tempo de percurso da linha, determinando o tipo de assento mais apropriado. No Brasil prevalecem os trajetos de curta distância, nos quais a configuração dos assentos pode ser longitudinal (dispostos ao longo das paredes laterais), transversal (similar aos ônibus convencionais) ou mista, combinando ambos os arranjos”, afirma Zaneti.

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