Belém pode ser a nova capital nacional das bicicletas
Esse é o objetivo do novo prefeito eleito na cidade, que pretende implantar um sistema cicloviário mais amplo e integrado
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15/01/2021
O prefeito eleito de Belém do Pará, Edmilson Rodrigues (PSOL), quer transformar a cidade na capital nacional do ciclismo. Durante a gestão de Zenaldo Coutinho (PSDB), algumas medidas foram tomadas para incentivar o uso do modal, entre elas a ampliação de quase 50% da malha cicloviária da cidade e a implantação do projeto Bike Belém, que encerrou as atividades em junho após quatro anos de funcionamento.
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A capital paraense conta hoje com 109,8 quilômetros de ciclovias e foi a primeira cidade do Norte do País a ter um sistema de compartilhamento de bicicletas. O projeto, que instalou 11 estações pelo centro e contava com mais de 40 mil usuários, foi um presente recebido pelo município em seu aniversário de 400 anos.
Segundo informações da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), a iniciativa foi descontinuada pela empresa privada que operava as atividades do projeto em parceria com a administração municipal.
Nova administração
Durante a campanha, o prefeito recém-eleito, que é arquiteto, prometeu dedicar grandes recursos para transformar a cidade na capital nacional das bicicletas. Segundo o site Mobilize, especializado em mobilidade urbana, o baixo relevo de Belém favorece projetos de menores custos para a criação de ciclovias, o que também pode gerar gradativa diminuição da quantidade de veículos em circulação.
“Vamos fazer de Belém a capital nacional das bicicletas no meio da Amazônia. Temos que aproveitar a potencialidade de demanda e o relevo urbano predominantemente plano, tudo muito propício, para implantar um sistema cicloviário eficiente e integrado aos outros modais de transporte”, disse Rodrigues nas redes sociais.
Projeto de mobilidade
De acordo com uma reportagem publicada pelo Diário do Transporte, Rodrigues defende uma política de mobilidade que conecte a capital interna e externamente com a Região Metropolitana; para isso, quer agregar o Plano de Mobilidade de Belém (PlanMob). Segundo seu programa de governo, “para a política de transporte coletivo por ônibus, serão imprescindíveis qualidade e integração, considerando a rede cicloviária integrada em toda a cidade e o transporte fluvial, com trânsito e circulação com dignidade, além de segurança e acessibilidade; gestão democrática e participativa de mobilidade urbana”.
Para Rodrigues, o transporte fluvial é uma das prioridades na integração dos modais. Ele afirma, ainda, que a política de transporte e mobilidade deverá ser realizada em parceria, inclusive, com segmentos da iniciativa privada que desejem participar do movimento.
Segundo análise do Mobilize, a participação popular e descentralizada é um viés destacado em todo o programa, que define diretrizes generalizadas sobre melhorias da mobilidade urbana e da mobilidade sustentável: “A política de transporte e mobilidade aponta para uma concepção de futuro da cidade com o transporte e a mobilidade que desejamos, em condições seguras, rápidas e que não pesem tanto no orçamento de quem depende do transporte público”.
Fontes: Mobilize, Diário do Transporte e Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob)
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