Dia do Motociclista: Brasil tem 33 milhões de pessoas em duas rodas
Quantidade de brasileiros habilitados a pilotar motos cresceu 17,5% nos últimos cinco anos, totalizando 33.893.329 cidadãos com habilitação A, em 2020
Hoje, 27 de julho, é celebrado o Dia do Motociclista, em homenagem a todos aqueles que, por hobby, paixão ou profissão, se locomovem por aí em duas rodas. Atualmente, já são cerca de 33 milhões de pessoas habilitadas na categoria “A”, para motos, no Brasil. Uma verdadeira nação sobre duas rodas.
De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o número de pessoas habilitadas para este tipo de veículo cresceu 17,5% nos últimos cinco anos, totalizando 33.893.329 cidadãos com habilitação A, em 2020. Em 2016, eram 28.854.518 motociclistas no País.
Há quase 50 anos, fabricava-se a primeira motocicleta no Brasil: a pequena Yamaha RD 50 lançada em 1974 já alardeava seu bom desempenho e a economia de combustível. De lá para cá, a indústria de duas rodas no País só cresceu, tanto em volume – em 2020, mesmo com a paralisação das fábricas por conta da pandemia, foram produzidas 961.986 unidades – como em tamanho – hoje as diversas fábricas produzem desde pequenas motonetas de 100 cc até modernas superesportivas de 1.000 cc e 200 cavalos de potência.
Perfil do motociclista
Entre os habilitados a pilotar motocicletas no País, os homens são maioria com 69%, segundo dados da Abraciclo. No entanto, o número de mulheres ao guidão, vem crescendo ao longo dos anos: em 2011, elas representavam 25% das habilitações e hoje correspondem a 31%.
A maior faixa etária, tanto para os homens como para as mulheres, está entre 31 e 40 anos. Eles são 30,9%; enquanto elas, 38%. Quanto ao nível de escolaridade, 64% dos motociclistas possuem o ensino médio completo, 21% concluíram o curso superior e 12% têm o fundamental completo.
A região Sudeste concentra o maior volume de motociclistas, com 42,2% dos habilitados. Na sequência estão o Sul (20,3%), Nordeste (18,7%), Centro Oeste (11,1%) e Norte (7,8%). Já na análise das categorias de motociclistas, as motonetas é a categoria preferida pelas mulheres (67%). O uso das scooters é maior entre os homens (72%).
Usos da moto
Em quase cinco décadas após a criação da indústria nacional de motocicletas, a moto deixou de ser apenas uma prática e econômica opção de transporte, passou a ser um instrumento de lazer e até mesmo ferramenta de trabalho de muitos brasileiros.
Conheça alguns exemplos da utilização das motos e conheça um pouco mais da versatilidade dos veículos de duas rodas.
Motofretista
O popular “motoboy”, ou entregador, é figura comum nas grandes cidades. Para alguns são os vilões do trânsito, porém é impossível imaginar um grande centro sem este tipo de profissional – ainda mais depois da pandemia. São especializados em entregas e coletas rápidas, além de executar o trabalho que antigamente era feito pelo office-boy como, por exemplo, pagar contas no banco, serviços de cartórios etc. À noite, se encarregam de entregar pizzas e outros alimentos “quentinhos” na mesa de milhões de brasileiros.
Mototáxi
A estimativa é de que existam mais de três milhões de mototaxistas no Brasil. Eles são vistos em pequenas e grandes cidades complementando o ineficiente serviço de transporte público. Além de levar as pessoas de um lado para outro, executam serviços de transporte de encomendas, como a entrega de remédios.
Mobilidade urbana
Ele não ganha a vida sobre duas rodas, porém a motocicleta se tornou essencial para exercer sua liberdade de ir e vir. São profissionais liberais, estudantes, que cansaram da ineficiência do transporte coletivo ou de ficarem presos dentro de um carro e adotaram a moto como veículo oficial para ganhar tempo e economizar combustível.
Moto no lugar do animal
A motocicleta também cumpre sua função no campo. Serve para percorrer lavouras, ajudar na segurança das fazendas e até tocar a boiada pelo interior do País. Na região Nordeste, por exemplo, muita gente trocou o jegue pela motocicleta para se locomover com mais conforto, rapidez e economia.
Resgate rápido
Muitos agentes de saúde estão adotando a motocicleta para prestar um pronto atendimento eficiente e dinâmico. Vale destacar o trabalho realizado pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que, com suas motos, consegue chegar rapidamente ao local do acidente e salvar muitas vidas. Hoje há motociclistas especializados em transporte de matéria biológico e até órgãos.
A todo gás
Aos poucos os motociclistas brasileiros estão aprendendo que o lugar de correr é na pista. Afinal, essas máquinas de duas rodas podem sim proporcionar muita adrenalina, desde que seja no lugar correto. Seja ela de asfalto ou de terra, hoje, no Brasil, há uma infinidade de modalidades praticadas sobre duas rodas: motovelocidade, supermoto, motocross, rali, enduro, velocross e até competições de arrancada.
Para se aventurar
Motos podem ser usadas para desbravar lugares em passeios fora-da-estrada ou conhecer cidades paradisíacas pelo asfalto. A “mototerapia” vem ganhando a cada dia mais adeptos. Motivos não faltam: a moto não paga pedágio em algumas rodovias, é mais econômica que o carro e, principalmente, o prazer de conduzir uma motocicleta por uma estrada aberta e conhecer novos lugares é indescritível. Há alguns pontos negativos em se viajar de moto, como pouco espaço para bagagem e encarar a chuva e o frio. Mas nada que atrapalhe a sensação de se aventurar em duas rodas.
Em prol da segurança
A motocicleta também é muito utilizada para garantir a segurança de muitos cidadãos, mas não apenas pelas forças policiais ou exército. Bombeiros se utilizam da moto para fazer salvamentos ou chegar antes aos locais de incêndio. Na iniciativa privada, os vigilantes particulares nas ruas – o famoso guarda noturno – e segurança particular são outros serviços prestados pela moto.
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