A empresa conta com grandes investidores, como o Grupo Kaufmann, maior distribuidor Daimler da América Latina, entre outros, que fizeram um aporte de R$ 30 milhões para iniciar com uma frota maior.

No Brasil, a Awto (pronuncia-se “auto”, como em automóvel) inicia as operações com uma frota de 60 carros, entre SUVs e utilitários, e 50 motos elétricas. Mas, em breve, deve ganhar o reforço de sedans e scooters elétricas, além de veículos híbridos (veja quadro). “Já no primeiro trimestre do ano que vem, devemos ter 150 carros e 200 motos, na cidade de São Paulo”, garante o CEO da plataforma.

Tudo pelo celular e sem contato

Em São Paulo (SP), a Awto começará a operar com foco na zona oeste da cidade. Tivemos a oportunidade de testar o serviço. Tudo é feito pelo aplicativo, disponível para smartphones Android e iOS. Após fazer o download, o usuário precisa se cadastrar. Além de dados como endereço e CPF, é preciso fotografar a CNH e inserir um cartão de crédito, obrigatoriamente. Também é necessário definir uma senha e um PIN, utilizado para destravar o carro. Após uma análise, que leva menos de um dia, o cadastro é aprovado, e o cliente já pode alugar um carro.

Diferentemente das locadoras tradicionais, tudo é feito pelo celular e não há espera no guichê. Basta localizar o carro e fazer uma reserva, que dura 15 minutos – tempo estimado para o cliente chegar até o veículo –, mas também é possível reservar por mais tempo, pagando-se uma taxa adicional.

Escolhi o SUV Chevrolet Tracker automático. Antes de destravar a porta, que é feito pelo celular, o app recomenda fazer uma verificação externa do veículo e reportar, em caso de algum dano. Ao entrar no carro, a chave fica no porta-luvas. Mas, como o Tracker tem partida por botão, nem foi preciso tirá-la de lá. Bastou apertar o botão e começar a dirigir.

No caso do SUV, há uma tarifa mínima de R$ 4,90. A partir daí, são cobrados R$ 0,63 por minuto utilizado e mais R$ 0,90 por quilômetro rodado. O app também oferece simulações de quanto custaria, em média, uma viagem envolvendo destinos conhecidos da capital paulista. Entre o shopping JK, por exemplo, e o aeroporto de Congonhas, a estimativa de gasto é de R$ 19,10. Não há limite de tempo nem de quilometragem, mas é cobrado R$ 0,13 por minuto estacionado, caso o usuário precise ir a algum lugar e não queira encerrar a viagem.

Após o uso, o cliente tem duas opções. Devolver o carro dentro da Área Azul, que abrange da Vila Madalena à Chácara Santo Antônio, passando por Pinheiros, Jardins e Vila Olímpia, onde o estacionamento é livre – ou seja, o veículo pode ser deixado na rua mesmo, desde que sejam respeitadas as leis de trânsito.

A segunda opção é entregar o carro em um estacionamento parceiro, indicado no próprio app. Mas, antes de se dirigir ao local, vale verificar se há vagas. Existirá também uma área “Pare Fácil”, onde se pode estacionar em vagas públicas permitidas por lei, pagando uma taxa extra, que varia conforme a distância até a região de atuação. Nesse caso, uma equipe da Awto retirará o veículo, na sequência.

O carro conta até mesmo com um cartão de pagamento, caso o cliente precise abastecer. O trâmite também é todo feito pelo app, que libera um valor com base no tamanho do tanque do veículo escolhido. Existe ainda um botão de ajuda, com atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana, caso aconteçam problemas mecânicos ou acidente.  

Frota terá categoria híbrida

A Awto também fechou parceria com a Kia para incorporar 40 unidades do híbrido Stonic, no início do próximo ano.  

Com motor 1.0 turbo e sistema híbrido leve de 48 volts, o Kia Stonic terá um preço por quilômetro mais barato do que outras categorias disponíveis na plataforma, pois consome menos combustível. Vale destacar ainda que o modelo é isento do rodízio municipal de veículos.