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Coronavírus e as cidades: como descobrir onde há mais casos?
Ferramentas oficiais e colaborativas ajudam a mapear os lugares em que há maior contaminação
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16/06/2020
Há meses o número de casos de covid-19 sobe de maneira acelerada. Na cidade de Curitiba, no Paraná, por exemplo, a doença já chegou a todos os bairros, de acordo com um levantamento da Prefeitura da capital paranaense. Mas como saber onde se concentram os maiores índices da doença no mundo e na sua cidade?
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É possível ter acesso a esse tipo de monitoramento? A resposta é sim, e muitas vezes os dados são apresentados em tempo real. O mapeamento tem acontecido, sobretudo, de duas maneiras.
A primeira é com dados mais exatos e provém de fontes oficiais, como Prefeituras e a própria Organização Mundial da Saúde. A segunda vem de mapas colaborativos criados de maneira independente por empresas, como a Microsoft ou pesquisadores.
Fontes oficiais
A OMS disponibilizou um mapa atualizado em tempo real com o número de infectados e mortos pelo novo coronavírus no mundo inteiro. A ferramenta aponta dados em âmbito global, incluindo gráficos por país e regiões do mundo.
Em esfera regional, algumas prefeituras, como as de Franca e de Sorocaba, no interior de São Paulo, divulgaram mapas e boletins epidemiológicos nas últimas semanas apontando os bairros mais atingidos pela covid-19.
Em Sorocaba, segundo dados do Mapa de Calor divulgado pela vigilância epidemiológica do município, tinha 29 mortes e 350 casos confirmados. Na imagem divulgada, as áreas com menos registros aparecem na cor verde, e as com mais casos estão em vermelho.
Já o mapa epidemiológico divulgado pela prefeitura de Franca aponta áreas onde houve mortes e casos confirmados, mostrando que a doença se espalhou por bairros de várias áreas da cidade.
Mapas colaborativos
Para além das fontes oficiais, também é possível verificar as áreas mais infectadas das cidades por meio de mapas colaborativos desenvolvidos muitas vezes de forma independente, seja por pesquisadores, ONGS ou empresas privadas.
É o caso do Juntos Contra o Covid, uma plataforma de geolocalização criada por Faissal Nemer Hajar, estudante de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o apoio da Cloudster (empresa especializada em Cloud computing) e da Gebit (companhia de desenvolvimento de software personalizado).
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Para ter acesso aos dados da plataforma, o interessado precisa responder a uma série de perguntas sobre sua localização, seu estado de saúde e suspeitas de contaminação do novo coronavírus em sua região. Dessa forma, é possível verificar onde há casos suspeitos da covid-19.
Outra plataforma do tipo, baseada em mapas colaborativos, é a Brasil Sem Corona, que nasceu de uma parceria entre a Epitrack, uma startup do segmento de Digital Health, e a Colab, plataforma colaborativa brasileira.
“As respostas do questionário alimentam em tempo real o mapa nacional de risco, que pode ser utilizado pelos gestores públicos como referência em seus planejamentos de combate ao novo coronavírus”, foi explicado em uma publicação no site oficial da ferramenta.
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Também existem várias plataformas com dados de âmbito internacional, como o rastreador do novo coronavírus da Microsoft. Projetado pelo Bing, a ferramenta mostra o número de casos ativos, recuperados e fatais, além de indicar notícias e vídeos relacionados à covid-19 que foram publicados na região do mapa onde se está pesquisando.
Outro exemplo é a Wuhan Coronavirus Global Cases, criada em janeiro deste ano. Desde que foi aberta, a ferramenta desenvolvida pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade Johns Hopkins (Baltimore — Estados Unidos) já mapeou milhares de casos em todo o mundo.
Além de um mapa com indicações em vermelho onde mais há incidências do novo coronavírus, também há gráficos com a ocorrência da doença em âmbito global e dados por país.
Fonte: Juntos contra o Covid, Wuhan Coronavírus Global Cases, Brasil sem Corona, Microsoft, Prefeitura de Franca, Prefeitura de Sorocaba, Prefeitura de Curitiba.
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