Câmbio automático, CVT ou automatizado: qual é o melhor?
Transmissões automáticas já equipam a maioria dos carros vendidos no Brasil, mas têm diferenças
Os câmbios automáticos já representam a maior parte dos automóveis vendidos no Brasil. Vale ressaltar, porém, que, quando se fala de transmissões automáticas, as tecnologias CVT e automatizada estão no mesmo contexto, embora apresentem certas diferenças.
A caixa automática, propriamente dita, responde por 40% das vendas. O CVT ocupa uma fatia de 21,5% do mercado, ao passo que o câmbio automatizado tem 7,5% de participação, segundo a consultoria automotiva Jato Dynamics.
“Os sistemas têm vantagens e desvantagens entre si, dependendo da aplicação do veículo”, afirma Marco Barreto, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
Conheça as principais características de cada uma das três transmissões.
Câmbio automático
O preferido da maioria dos motoristas, o câmbio automático trabalha com um conversor de torque – que converte o movimento do motor para a transmissão — e pequenos conjuntos de embreagem que executam as trocas.
“A transmissão automática passa mais sensação de conforto ao motorista, por conta das trocas suaves, mas tem baixa eficiência em algumas condições de operação”, revela Barreto.
Para a conexão mais adequada com o motor, o conversor de torque se vale da pressão hidráulica para gerenciar a transferência de energia entre motor e câmbio. Em geral, ele tem desempenho menor que o do câmbio manual.
O conversor de torque da caixa automática assume a função de embreagem quando o veículo é estacionado com a alavanca na posição D (drive). Esse componente possui óleo internamente e não sofre desgaste.
O gerenciamento eletrônico da transmissão automática permite a gestão dessas mudanças, incluindo modos de economia ou desempenho, alterando os tempos de troca.
Câmbio CVT
O CVT é um tipo de câmbio automático e sua sigla em inglês significa transmissão continuamente variável. Enquanto o câmbio automático convencional tem o conversor de torque, o CVT possui polias cônicas, de diâmetro variável, em geral ligadas por correia metálica ou corrente.
Como não há engrenagens, o conjunto oferece relações infinitas de movimento, ou seja, dependem de como a correia ou a corrente se movimenta. Algumas fabricantes, porém, programaram seus câmbios CVT para simularem marchas, como nos automáticos convencionais.
“O CVT, em motores a combustão interna natural aspirado, tende a apresentar menor consumo de combustível, mas a sensação de rotação constante do motor pode gerar incômodo na condução”, diz o professor.
Embora o CVT tenha construção mais simples que a do câmbio automático tradicional, o custo de manutenção pode ser superior, porque a maior parte das peças de reposição é importada. Os serviços feitos nas revisões periódicas são parecidos, incluindo, por exemplo, a troca de lubrificantes segundo a recomendação da fabricante.
Câmbio automatizado
O câmbio automatizado é uma versão mais barata e simplificada do automático. É como se fosse um câmbio manual que trabalha com uma peça chamada atuador hidráulico.
“As transmissões automatizadas possuem menor custo de produção; em contrapartida, causam certo desconforto não identificado nas outras transmissões”, destaca Barreto.
O sistema funciona com um módulo eletrônico e um atuador eletromecânico, que interferem diretamente na alteração das marchas. Ele aciona o chamado trambulador para ativação das marchas, ativando a embreagem automaticamente. O desempenho, porém, não acompanha a mesma rapidez do câmbio automático, o que deixa muito motorista contrariado. A vantagem do câmbio automatizado é dispensar o uso de uma caixa complexa e hidramática ou um CVT. Assim, utilizam-se apenas os atuadores eletromecânicos, a alavanca seletora e o módulo de gerenciamento eletrônico.
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