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‘A meta deve ser se apaixonar pelo problema, não pela solução’, diz co-fundador do Waze

Por: Daniela Saragiotto . 28/05/2024

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Summit Mobilidade

‘A meta deve ser se apaixonar pelo problema, não pela solução’, diz co-fundador do Waze

Uri Levine fala durante o Summit Mobilidade 2024 sobre como é empreender no setor no Brasil e no mundo

2 minutos, 21 segundos de leitura

28/05/2024

Uri Levine, co-fundador do Waze, no Summit Mobilidade 2024_Foto: Thiago Queiroz
"No fim do dia, o objetivo é criar valor, é encontrar uma solução", diz o israelense Uri Levine, co-fundador do Waze, durante o Summit Mobilidade 2024. Foto: Thiago Queiroz/Estadão

“Entrar nessa jornada da mobilidade é como participar de uma história. São muitas ideias, muitas situações e, quando você começa, você só pensa nisso, em como resolver os desafios. E eles são inúmeros”, declarou o insraelense Uri Levine, executivo mais conhecido como co-fundador do Waze, mas que também está envolvido na criação de outras soluções de mobilidade como o Moovit, aplicativo que monitora o transporte público e fornece informações atualizadas aos usuários, entre outros dados.

Leia também: Summit Mobilidade: Renan Filho, ministro dos Transportes, fala sobre os grandes desafios do País

Participando do Summit Mobilidade 2024, evento que neste ano ocorre no formato presencial na Casa das Caldeiras, zona oeste da capital paulista, Levine contou ao público presente sua experiência ao longo de toda essa jornada.

Lidando com os desafios de deslocamento em cidades como Tel Aviv, em Israel, onde o Waze nasceu, em 2008, até centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, entre diversos outros onde a tecnologia hoje faz parte da rotina de milhares de motoristas todos os dias.

Cabeça de empreendedor

Levine conta que, embora o lançamento oficial da ferramenta tenha sido em 2008, o trabalho começou antes, em 2006. “Acredito que nossa jornada foi relativamente rápida e quebrou paradigmas. Levou nove meses para termos o capital inicial e, no início, os investidores falaram que não ia funcionar”, conta.

No Brasil, o Waze chegou em 2013. “Foram quatro anos até que o aplicativo ficasse bom, começamos a trabalhar nele em 2007. A adaptação de um produto no mercado leva tempo, mas o mais importante é criar valor. Acredito que somente dessa forma é que o cliente vai voltar”, diz.

E continua: “O desafio é enorme: há um grande problema no mundo e você tem a possibilidade de ajudar a resolver, ao menos em parte. No fim do dia, o objetivo é criar valor, é encontrar uma solução. Por isso acredito que a meta do empreeendedor é se apaixonar pelo problema, não pela solução. Hoje em torno de 1,3 bilhão de pessoas usam meus produtos todos os dias”, afirma.

Novo momento

Da experiência com o Moovit, aplicativo que integra a categoria dos apps de Mobilidade como Serviço, ou Maas, da sigla em inglês, e que integra todos os sistemas de transporte público em uma mesma plataforma, fornecendo informações em tempo real aos usuários, Levine acredita que a solução para os congestionamentos e outros problemas urbanos passa pelo transporte coletivo.

“A Moovit é o Waze do transporte público, ela dá previsibilidade aos usuários e isso é muito valioso. Os carros particulares ocupam muito espaço e, em mais de 90% do tempo, são ocupados apenas por uma pessoa. É preciso usar os espaços de uma forma mais inteligente”, finaliza.

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