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Reconhecimento facial será usado no pagamento do transporte público? Saiba mais

Por: Fellipe Gualberto . 13/08/2024
Inovação

Reconhecimento facial será usado no pagamento do transporte público? Saiba mais

Empresa brasileira já tem tecnologia necessária para tornar projeto realidade

3 minutos, 37 segundos de leitura

13/08/2024

Método de pagamento com reconhecimento biométrico já está disponível na Europa e China. Foto: Adobe Stock

O número de usuários de ônibus caiu 44,1% nos últimos 10 anos. A pandemia, em específico, foi um cenário que acelerou essa queda e retirou passageiros do modal. Esses fatores têm motivado empresários da área a procurar novas formas de atrair os passageiros, uma delas pode ser diversificar métodos de pagamento, incluindo o reconhecimento facial.

Leia também: ‘Usuário é sedento por novos meios de pagamento no transporte’, diz diretor executivo da Visa do Brasil

Uma tecnologia que já existe

“O reconhecimento facial como forma de pagamento já está em uso na Europa. Na China se utiliza o reconhecimento biométrico, da palma da mão, para pagar o transporte público. Isso não é uma novidade, já é usado no mundo inteiro”, explica Fernando Cota, consultor de pré-vendas e produtos da empresa da Empresa 1.

Cota deixa claro que no Brasil a tecnologia também já é aplicada no transporte público. “O reconhecimento facial já faz parte das nossas soluções para detecção de fraude e o uso indevido do cartão, agora estamos evoluindo como uma forma de meio de pagamento”.

Por meio do reconhecimento facial é possível analisar, por exemplo, se a pessoa usando um bilhete com benefícios é realmente o usuário no cadastro. Sendo assim, as empresas de ônibus podem até mesmo bloquear o cartão remotamente em caso de fraude. Em Fortaleza (CE) a tecnologia realiza cerca de 3 mil bloqueios por mês, de acordo com a Empresa 1.

“Todos os ônibus [que usam os sistema da Empresa 1] já estão equipados com validador e câmera integrada para capturar a face da pessoa”, afirma Cota. O equipamento, que é usado para questões de segurança, poderia operar pagamento por reconhecimento facial. Atualmente a Empresa 1 atua em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Sorocaba, Fortaleza, Florianópolis e vários outros municípios, 150 no total.

Como funciona pagamento por reconhecimento facial?

Tecnologia pode ser adquirida por empresas brasileiras interessadas. Foto: Mobilidade Estadão.

A Empresa 1 lançou em 6 de agosto um sistema de pagamento com base em reconhecimento facial. A tecnologia veio à público em uma feira de empresários do ramo do transporte público e está disponível para empresas interessadas.

Uma vez que estiver presente em ônibus, o pagamento por reconhecimento facial exigirá que o passageiro crie um cadastro. “Você pode usar o nosso aplicativo ou buscar um posto de atendimento ao cliente para se inscrever”, afirma Cota.

“A partir do cadastro a empresa te reconhece e te vincula a tipo de cartão, por exemplo, vale-transporte, gratuidade ou cartões de estudante”, ele explica.

Em seguida, o usuário deve fazer um depósito de crédito no aplicativo da empresa que gere o sistema. No caso da Empresa 1, o app se chama SI-GO e está disponível para download na Play Store e App Store.

Por fim, bastaria que o passageiro se aproximasse de uma câmera junto a catraca. “Com reconhecimento facial na catraca do ônibus você não precisa mais usar o cartão. Debitamos a tarifa do transporte da conta virtualizada no app”, ressalta o representante da Empresa 1.

Outras formas de pagamento

Carapicuíba e Francisco Morato, ambas em São Paulo, possuem um sistema da Empresa 1 que permite que os passageiros paguem suas viagens de ônibus com cartão virtual. Os usuários deste modal podem aproximar seus celulares do leitor em frente a catraca e pagar a viagem com um saldo disponível em conta virtual.

Outra opção é o uso do próprio cartão de crédito ou débito para quitar a passagem. O serviço já está disponível, por exemplo, na SuperVia no Rio de Janeiro.

Não há uma bala de prata

Por mais que novos métodos de pagamentos possam atrair mais clientes, Cota acredita que a queda de passageiros é um problema de múltiplas frentes. “A falta de comodidade, a competição com aplicativos e os mototáxis são alguns fatores”, ele explica.

Sendo assim, a solução seria “facilitar a vida do passageiro. Soluções de tecnologia como aplicativos que mostram a hora que o ônibus vai passar, os pontos e as linhas ajudam a não perder tempo no deslocamento. Isso é o que faz com que as pessoas procurem os transportes alternativos”.

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