Shell Eco-marathon 2024: empresa aposta em transição energética
Mesmo que sem previsão para abandonar o petróleo, companhia promove o evento como forma de capacitar jovens estudantes no uso de energia limpa
“Eu não tenho bola de cristal, então não posso dizer até quando a gasolina será usada, mas a Shell Eco-marathon é exatamente a resposta para o desafio da transição energética”, afirma Norman Koch, gerente geral global da edição de 2024 do evento, uma corrida que premia o protótipo de carro desenvolvido por estudantes que utilizar menos combustível. A Shell Eco-marathon começou quarta-feira, dia 28 de agosto, e se encerra hoje, sexta-feira, 30.
Na competição, os carros ultraeconômicos podem usar como fonte de propulsão bateria elétrica, hidrogênio, gasolina ou etanol. A companhia, com o evento, espera contribuir com a formação de futuros engenheiros focados em eficiência energética e economia de recursos. “A melhor energia é aquela que você não precisa, pois você já tem um veículo eficiente”, sintetiza Koch, ao explicar o propósito da corrida.
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O papel da Shell Eco-marathon 2024 na transição energética
Koch acredita que os tipos de energia ecológica que usaremos no futuro serão diversos. Por isso, incentiva que o evento abrace propostas múltiplas. “Nós não prescrevemos as energias. Assim que duas ou mais faculdades demonstram interesse em uma energia, nós pensamos em incluí-la no programa da Shell Eco-marathon. Estamos interessados em todas as energias verdes”, ele explica.
“Imagine se conseguirmos que todos os veículos do mundo inteiro consigam percorrer mais km com menos combustível”, reflete Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell. Ambos os executivos acreditam que no futuro vai importar não apenas o combustível ecológico usado por carros, mas também a forma como os veículos economizam e percorrem maiores distâncias gastando menos.
Por isso, a Shell investe em criar um celeiro de inovação, acreditando especialmente no potencial do País. “O Brasil é uma potência mundial de biocombustível. Se a Raízen [empresa brasileira de bioenergia ligada a Shell] fosse um País, ela seria a quinta maior produtora de etanol do mundo. O etanol brasileiro atrai cada vez mais interesse e o Brasil tem uma oportunidade gigantesca na área de energia renovável”, enfatiza Costa.
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Interesse dos estudantes
O interesse dos estudantes pela energia verde se manifesta nos números na Shell Eco-marathon de 2024. Entre os protótipos de carros que passaram na inspeção de segurança, seis irão correr usando motores de combustão (movidos a gasolina ou etanol), ao mesmo tempo, 20 equipes apostaram em veículos com baterias elétricas.
Neste ano, pela primeira vez, uma equipe conseguiu aprovar um carro movido a hidrogênio na categoria conceito urbano, que simula veículos de rua. Os brasileiros do Grupo Cataratas de Eficiência Energética desenvolveram o veículo com a ajuda do Parque Tecnológico Itaipu.
“Acredito que esse pode ser o combustível do futuro, pois diferente das baterias elétricas, que demoram para carregar e agregam muito peso ao veículo, o hidrogênio pode ser recarregado rapidamente, assim como a gasolina, e não tem peso a mais”, explica Augusto Tomasi, membro da equipe.
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* O jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Shell
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