O VLT de São Paulo vem ai? Confira diferentes projetos para o meio de transporte
Além de ajudar no trajeto diário, modal permitirá revitalizar região central da capital paulista
Aposta para revitalizar o centro de São Paulo, o VLT (veículo leve sobre trilhos) está em fase de projeto. Nas expectativas mais otimistas, o modal deve se tornar realidade em 2027, segundo a SP Urbanismo. O veículo, que se assemelha a um bonde, pode facilitar o trajeto diário dos paulistanos e, ao mesmo tempo, estimular a economia de áreas degradas, permitindo nova vida em regiões hoje praticamente abandonadas da cidade.
Durante a 30ª Semana da Tecnologia Metroferroviária, organizada pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), realizada em São Paulo, especialistas debateram sobre o tema e sugeriram duas diferentes rotas para o futuro modal na capital paulista. Sendo assim, confira informações sobre cada uma delas.
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VLT pelo centro de São Paulo
“Este é um projeto de regeneração urbana, orientado pelo VLT”, afirma Pedro Martin, diretor-presidente da SP Urbanismo. De acordo com ele, o veículo, além de melhorar o transporte dos paulistanos, tem como objetivo trazer investimentos para a região central da cidade e revitalizar uma das áreas que mais possui imóveis abandonados.
Dentre as áreas que seriam requalificadas com a presença do modal estão a Luz, a Praça Princesa Isabel, o ‘Minhocão’ (Elevado Presidente João Goulart) e Dom Pedro II. O especialista afirma que novas paradas de VLT trariam mais movimento e iluminação, podendo contribuir com a redução de criminalidade.
O modal teria duas linhas, cada uma delas com 6 km de extensão. O VLT contaria com 27 paradas, sendo 13 na Linha Vermelha, 13 na Linha Azul e uma de integração, que permitiria transferência.
Entre as áreas contempladas, estariam a futura sede do governo do Estado, nos Campos Elísios, o Parque do Anhangabaú, o Mercadão e o Sesc Dom Pedro, que deve inaugurar em 2025. O especialista cita, por exemplo, que quando o Governo Estadual mudar para a nova sede, 22 mil pessoas devem começar a circular na região, fazendo do VLT um modal necessário.
Com o VLT, diferentes áreas de comércio, por exemplo, a 25 de Março com foco em roupas e a Santa Efigênia, com foco em eletrônicos e atrações turísticas, além de museus e parques, seriam integradas. Sendo assim, o VLT permitiria o trânsito de turistas e compradores, além dos passageiros que usariam o modal como forma de deslocamento de casa ao trabalho.
O VLT deverá fornecer transporte para a última milha. “Ele permitirá o último deslocamento no centro. Embora tenhamos muitas estações de Metrô, da CPTM e terminais de ônibus, não temos o deslocamento adequado entre os bairros do centro”, afirma Martin.
Projeto em números
- 27 estações
- 2 Linhas
- 6 km de extensão em cada linha
- Próximo de 9 estações do metrô (Luz, Tiradentes, Santa Cecília, República, São Bento, Pedro II, Sé, Liberdade e Anhangabaú
- Próximo de 2 estações de trem (Luz e Júlio Prestes)
- Próximo de 5 terminais de ônibus (Princesa Isabel, Amaral Gurgel, Parque Dom Pedro II, Bandeira e Mercado)
VLT pelo Limão
O segundo projeto de VLT para São Paulo foi desenvolvido por um conjunto de especialistas na área de mobilidade urbana e ofertado para a prefeitura como opção de trajeto para o VLT.
“Para criar esse projeto, consideramos uma série de aspectos, por exemplo, a renovação urbana, a redução da emissão de gases estufa e a renovação dos prédios ao longo do trajeto”, afirma Luiz Antônio Ferreira, gerente de planejamento do Metrô e um dos responsáveis pelo projeto.
“Depois de alguns meses de estudo, chegamos a um traçado que faz a ligação entre a Estação Palmeiras-Barra Funda e o bairro do Mandaqui, seguindo a Avenida Engenheiro Caetano Álvares”, de acordo com o especialista.
Essa opção para o VLT de São Paulo atenderia “a uma região que não tem previsão de nenhum projeto com trilhos”, de acordo com Ferreira. A previsão de utilização do ramal é de 37 mil passageiros por dia útil.
O VLT teria 12 estações, uma a cada 650 metros, aproximadamente. Em resumo, o VLT faria um percurso de 8 km. O projeto também prevê a construção de uma nova ponte quando o veículo cruzar a Marginal Tietê, a estrutura seria exclusiva para o VLT, pedestres e ciclistas.
Em seu trajeto pela Avenida Engenheiro Caetano Alvares, o veículo teria prioridade semafórica. Sendo assim, seria uma maneira de locomoção mais rápida que carros de passeio e ônibus.
Ao mesmo tempo, Ferreira argumenta que a presença do VLT poderia valorizar os imóveis na região. Por fim, o modal também teria um impacto ambiental, diminuindo as emissões e promovendo a renaturalização de cursos da água, como o Córrego Mandaqui.
Projeto em números
- 12 estações
- 1 linha
- 8 km ao todo
- Em uma área que não está próxima de estações de metrô ou trem. Por isso, atenderia uma área com alta demanda
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