Crianças pedem melhorias nas ruas e calçadas da zona leste de SP

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Crianças pedem melhorias nas ruas e calçadas da zona leste de SP

Por: Isabel Lima . Há 1 min
Mobilidade com segurança

Crianças pedem melhorias nas ruas e calçadas da zona leste de SP

Após revitalizar uma praça, grupo de estudantes elaborou uma lista de demandas para a subprefeitura no Dia do Pedestre

2 minutos, 38 segundos de leitura

08/08/2025

Mais de 200 crianças avaliaram a qualidade das ruas e calçadas nas regiões adjacentes a escola em que estudam. Foto: Corrida Amiga/Divulgação
Mais de 200 crianças avaliaram a qualidade das ruas e calçadas nas regiões adjacentes a escola em que estudam. Foto: Corrida Amiga/Divulgação

Calçadas quebradas, faixas de pedestre apagadas e velocidade excessiva de veículos estão entre as principais reclamações feitas por alunos da EMEF Profa. Rosângela Rodrigues Vieira, na Vila Cisper, zona leste de São Paulo.

Leia também: Mapa da Desigualdade: bairros da zona sul de SP oferecem as piores condições de mobilidade

No Dia do Pedestre, celebrado em 8 de agosto, as crianças entregaram um ofício ao subprefeito de Ermelino Matarazzo. Neste documento, há propostas para tornar as áreas de lazer, ruas e calçadas mais seguras e acessíveis. A ação fez parte de uma intervenção urbana na Praça Quinta do Sol, que também teve pintura e zeladoria do espaço, brincadeiras e apresentações artísticas.

Melhorias necessárias nas ruas e calçadas

As demandas foram elaboradas ao longo de um ciclo de atividades do projeto “Escola Ativa: Práticas Lúdicas em Urbanismo”, conduzido pelo Instituto Corrida Amiga. Portanto, ao longo de semanas, mais de 200 crianças e adolescentes participaram de aulas teóricas sobre mobilidade urbana e cidadania, seguidas por “caminhadas investigativas” pelo bairro.

Munidos de pranchetas, mapas e câmeras, eles registraram problemas, conversaram com moradores e observaram de perto a infraestrutura das ruas.

O levantamento revelou calçadas estreitas, irregulares e com buracos, além de obstáculos como postes e lixeiras que dificultam a circulação. Em alguns pontos, por exemplo, não há rampas de acesso ou o piso tátil está interrompido, o que compromete a acessibilidade de pessoas com deficiência.

As faixas de pedestre, muitas apagadas, também preocupam, principalmente diante da velocidade dos veículos. Conforme o Corrida Amiga, medições feitas pelos alunos registraram carros passando a até 54 km/h em uma via com limite de 30 km/h.

As crianças também observaram a situação dos espaços de lazer, como o parquinho da Praça Adão Calisto, que apresenta brinquedos quebrados, enferrujados e com risco de acidentes. Somado a isso, problemas de iluminação pública foram recorrentes nos relatos, aumentando a sensação de insegurança à noite.

Redução de velocidade preocupa estudantes

O documento entregue à subprefeitura solicita a instalação de redutores de velocidade, reforço da sinalização para travessias. Além disso, as crianças pedem manutenção e ampliação das calçadas, melhorias na iluminação e revitalização dos parques e praças. Por fim, a expectativa é que as reivindicações resultem em um compromisso efetivo do poder público para garantir um ambiente urbano mais seguro, inclusivo e acessível.

Para o Instituto Corrida Amiga, a experiência mostra a importância de incluir a visão das crianças nas políticas de mobilidade. “Elas vivenciam diariamente os desafios de circular pelo bairro e sabem apontar, com clareza, onde estão os problemas e como poderiam ser resolvidos”, afirma Silvia Stuchi Cruz, presidente da organização. “Essa escuta ativa é fundamental para transformar percepções em ações concretas.”

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