Indústria de motos em Manaus fecha 1º semestre de 2025 com faturamento recorde
Setor faturou R$ 23,3 bilhões, alta de 30,2% na comparação com o ano passado

Acompanhando o crescimento na venda de motocicletas no Brasil, o setor de duas rodas no Polo Industrial de Manaus (AM) também registrou faturamento recorde. No primeiro semestre de 2025, a indústria de motos faturou R$ 23,3 bilhões. Alta de 30,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do PEA (Painel da Economia Amazonense).
Com capacidade produtiva de mais de 1,8 milhão de motocicletas e 500 mil bicicletas por ano, o Polo Industrial de Manaus (PIM) consolida-se como o maior polo de produção de duas rodas fora do eixo asiático.
O bom desempenho de setor também se traduz em geração de empregos. Até julho, o setor empregava 20,3 mil trabalhadores diretos na capital amazonense, aumento de 8,56% sobre 2024 (18,7 mil). Em todo o Brasil, a cadeia produtiva sustenta cerca de 150 mil empregos diretos, projetam as fabricantes.
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De acordo com a Abraciclo, associação que reúne fabricantes de motocicletas e bicicletas, o mercado de bikes elétricas também merece destaque em 2025. A fabricação de e-bikes registrou alta de 122% no ano, com 18,2 milhões de unidades até julho, frente a 9,2 milhões no mesmo período de 2024. Atualmente, o PIM fabrica 45 modelos diferentes de bicicletas elétricas.
“O polo de Duas Rodas de Manaus é um exemplo claro de como o Brasil pode competir de igual para igual com os maiores centros industriais do mundo”, destaca Lúcio Flávio de Moraes, presidente executivo do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas).
Brasil é o sexto produtor mundial de motos
A indústria brasileira de motos está quase totalmente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), em função dos incentivos fiscais. A capacidade produtiva anual no PIM coloca o País como o sexto maior pdoutor de motos do mundo.
No segmento de bicicletas, com as principais fábricas também instaladas no PIM, o Brasil se encontra na quarta posição entre os maiores produtores mundiais.
Produzidas majoritariamente em Manaus, desde a década de 1970, as motocicletas brasileiras incorporam tecnologia de ponta comparável aos principais mercados internacionais. O setor de duas rodas exporta para países como Argentina, Canadá, Colômbia e até para os Estados Unidos. Embora pequeno, o volume exportado tem importância estratégia para as fabricantes instaladas na capital amazonense.
“Além do impacto econômico, nosso setor cumpre um papel estratégico na mobilidade urbana, na inclusão social e na preservação ambiental. Produzir na Amazônia é garantir desenvolvimento regional com a floresta em pé”, acredita o presidente da CIEAM.
Afinal, praticamente todos os colaboradores das fabricantes são moradores da região. De acordo com as empresas, cada emprego gerado no PIM contribui para a preservação da floresta, pois evita a degradação ambiental causada por atividades ilegais.
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