Quem leva a final, Chevrolet ou Toyota?

Cruze e Corolla medirão forças na Super Final BRB da Stock Car. Foto: Marcelo Machado de Melo

23/11/2022 - Tempo de leitura: 3 minutos, 20 segundos

A Super Final BRB vai marcar a decisão do título da temporada 2022 da Stock Car Pro Series. Além dos quatro concorrentes à cobiçada taça de campeão — Rubens Barrichello, Daniel Serra, Gabriel Casagrande e Matías Rossi —, há outra batalha a ser definida no autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), no próximo dia 11 de dezembro. Afinal, Chevrolet e Toyota lutam pela glória nesse desfecho de campeonato. Barrichello e Rossi guiam o Corolla da marca japonesa, enquanto Serra e Casagrande aceleram com o Cruze da montadora norte-americana.

Enquanto a Chevrolet tem uma longa história ao lado da Stock Car em praticamente toda a existência da categoria, nascida com a era dos Opala, em 1979, a Toyota passou a fazer parte do grid a partir de 2020. Por isso, os Chevrolet Cruze são ainda maioria nas corridas. Quando se leva em conta a rodada dupla de Goiânia, disputada em outubro, a Chevrolet alinhou 22 carros, enquanto a Toyota competiu com 11 Corolla – metade do grid.

As estatísticas da temporada indicam um equilíbrio entre as marcas, cenário ainda mais nítido quando se leva em conta, também, a quantidade de carros de cada uma das montadoras na Stock Car. Das 22 corridas realizadas até agora na atual temporada, a Chevrolet soma 12 triunfos, contra 10 da Toyota. A marca da gravatinha também lidera em poles, 7, contra 4 dos japoneses. A vantagem também aparece no número de voltas mais rápidas, cenário no qual a montadora norte-americana aparece na frente no placar de 13 a 9.

Entretanto, o ranking das montadoras, competição oficial e com tabela própria, aponta a Toyota como líder. O cálculo leva em consideração os dois pilotos mais bem colocados em cada corrida: a marca asiática tem um total de 957 pontos, enquanto a Chevrolet acumula 931.

Embora não esteja entre os finalistas, Ricardo Maurício, piloto do Chevrolet Cruze da Equipe Eurofarma-RC, é o piloto com as melhores estatísticas na temporada. O tricampeão tem quatro vitórias, sete pódios, duas poles e cinco voltas mais rápidas.

Líder no campeonato, o campeão de 2014 e finalista, Rubens Barrichello, é quem mais venceu com a Toyota no ano: foram três triunfos, além de seis pódios, uma pole e uma volta mais rápida. Outro destaque da montadora nipônica é o argentino Matías Rossi, piloto da equipe A.Mattheis Vogel, dono de duas vitórias, sete pódios (empatado com Ricardo Maurício) e uma volta mais rápida.

Já os finalistas que correm com a Chevrolet primam pela regularidade. O atual campeão Gabriel Casagrande, também da equipe fluminense A.Mattheis Vogel, tem duas vitórias, três pódios, duas poles e uma volta mais rápida, enquanto o tricampeão Daniel Serra tem um triunfo, mas terminou quatro corridas entre os três primeiros, além de ter conquistado uma vez a melhor posição de largada e o melhor giro em uma prova.

Concorrência caseira

Andreas Mattheis chega à final com dois carros de sua equipe em condição de título. Foto: Duda Bairros

Em meio ao confronto entre Chevrolet e Toyota, a equipe líder do campeonato vive uma situação ímpar. A A.Mattheis Vogel conta com Gabriel Casagrande a bordo do Chevrolet Cruze #83, enquanto, do outro lado da garagem, Matías Rossi ocupa o Toyota Corolla #117, em razão da sua longa relação com a montadora, que vem das competições argentinas, onde defende a marca japonesa.

A temporada que faz o time chefiado por Mauro Vogel e Andreas Mattheis, dois dos mais icônicos preparadores do automobilismo brasileiro, é tão exitosa, que tem conseguido um feito para poucos: até o momento, restando uma etapa para o desfecho do campeonato, é a equipe líder na tabela, com 522 pontos, apenas 2 a mais que a poderosa e campeoníssima Eurofarma-RC, liderada pelo lendário preparador Rosinei Campos, o “Meinha”.