A ativação do airbag do automóvel é uma explosão do bem. Quando o carro enfrenta mudança brusca de velocidade ou se envolve em uma colisão, a bolsa de ar infla em uma fração de segundo e amortiza o impacto que motorista e ocupantes poderiam sofrer, evitando, dessa maneira, lesões sérias.
Mas, com o tempo, o airbag perde eficiência e deve ser trocado? “Os airbags de veículos produzidos antes de 1990 precisam ser verificados”, revela Cléber Willian Gomes, professor de engenharia automotiva do Centro Universitário da FEI.
Ele explica que alguns carros modernos não indicam a necessidade de troca por tempo. Contudo, a verificação periódica, principalmente dos componentes eletrônicos que fazem parte do sistema de airbag, deve ser feita seguindo as recomendações do fabricante.
Quando se fala em prazo de validade, é preciso levar em conta alguns aspectos, como a nacionalidade e o fabricante do dispositivo. Na Europa, por exemplo, o prazo ideal para a substituição do airbag é de 10 anos. Nos Estados Unidos, esse prazo aumenta para 15 anos.
“No Brasil, não há uma regulamentação federal sobre o assunto e existe variação na validade do equipamento”, diz o professor. O prazo muda de acordo com a montadora. Marcas como General Motors e Toyota não determinam um limite, ao passo que a Peugeot informa ser de 10 anos a vida útil dos airbags de seus carros.
Se for mesmo necessária, é recomendável que a substituição seja realizada por redes credenciadas pelo fabricante. A montagem ou a manutenção inadequada pode colocar as pessoas em risco em vez de protegê-las.
O airbag foi projetado para trabalhar em conjunto com o cinto de segurança, a fim de preservar a integridade física dos ocupantes do automóvel. De forma geral, seu acionamento ocorre na ordem de décimos de segundo e, nesse caso, o motorista nem sequer tem tempo de reação.
No Brasil, os airbags frontais tornaram-se itens obrigatórios nos veículos produzidos a partir de janeiro de 2014. Nem todos os modelos possuem as bolsas de segurança laterais (chamadas de cortina), que funcionam como complemento do cinto de segurança para proteger o tronco.
O airbag é dotado de um sensor com acelerômetro calibrado para acionar o dispositivo em caso de desaceleração maior que 20 km/h em um curto espaço de tempo.
A substância química que enche a bolsa chama-se azida de sódio e é convertida em nitrogênio quando a centelha elétrica é deflagrada. As bolsas são feitas de náilon com uma camada de talco, cuja função é evitar que as dobras grudem.
Em geral, os airbags não precisam de manutenção periódica, no entanto, o motorista deve prestar atenção a uma luz de alerta no painel do carro que monitora esse item. Uma vez acesa, é sinal de que algo pode estar errado com o equipamento.