“Elas se comunicam por meio de antenas com os pontos de pedágio. Ou seja, a etiqueta envia um sinal que permite a cobrança sem a necessidade de parar o veículo.”

Free Flow

Além do RFID, há outras tecnologias possíveis para passar pelas praças de pedágio sem a necessidade de parar o carro nas cabines. A leitura de placa, conhecida como OCR (sigla em inglês para reconhecimento óptico de caracteres), permite que câmeras efetuem a leitura das placas, debitando o valor da cobrança. 

“Essa tecnologia de leitura de placas, em conjunto com técnicas de inteligência artificial, pode substituir as tags e facilitar ainda mais a cobrança de pedágio”, diz o docente.

Para ele, o aumento de locais com a tecnologia de internet 5G e a possibilidade de o IOT (internet das coisas) ficar cada vez mais comum deixarão as cidades mais inteligentes e conectadas: “O pedágio automático é somente o primeiro passo para muitas oportunidades futuras”. 

De fato, as tecnologias não param. Em março, a Rodovia Rio-Santos (BR-101) estreou o primeiro “Free Flow” do País, sistema de pedágio eletrônico que funciona com pagamento automático e sem cancela física. 

Descontos progressivos

A operação do novo modelo de cobrança foi autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e pretende dar maior agilidade ao fluxo da rodovia, pois o motorista não precisará mais passar pelas barreiras do pedágio.

O sistema abre mão da estrutura dos pedágios atuais e funciona por meio de sensores e câmeras instalados na estrada. O pagamento ocorre com a leitura de uma tag das empresas homologadas e o valor aparece na fatura do cliente. O motorista com a tag pode ter desconto progressivo nos preços do pedágio, que variam entre 5% e 70% do valor.

Se o automóvel não tem a tag, a cobrança é feita por meio da leitura da placa. Após a passagem pelo pedágio, o valor fica disponível para pagamento no site da concessionária ou até pelo WhatsApp durante 15 dias.

A próxima etapa será a implantação do “Free Flow” com pagamento por quilômetro rodado. Assim, o usuário gastará apenas o equivalente à distância percorrida na viagem e não o valor total de um ponto a outro.