Como o dólar impacta o preço do carro no mercado brasileiro

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Entenda como o dólar impacta o preço do carro no mercado brasileiro

Por: Redação Mobilidade . Há 1 dia atras

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Entenda como o dólar impacta o preço do carro no mercado brasileiro

Automóveis produzidos no Brasil têm até 30% dos componentes importados

2 minutos, 15 segundos de leitura

14/08/2025

Impacto do dólar na compra do carro importado. Foto: Getty Images
O dólar exerce influência decisiva na composição dos valores. Foto: Getty Images

O automóvel no Brasil é caro para a imensa parcela da população brasileira. Os elevados preços resultam de um conjunto de fatores, como a alta carga tributária – um dos componentes do chamado Custo Brasil – e os cenários econômicos nacional e internacional. Por isso, o dólar exerce influência decisiva na composição dos valores.

Saiba mais: Por que os carros elétricos são mais caros no Brasil?

“O País faz parte de uma economia globalizada e, portanto, dolarizada, com compras e pagamentos efetuados com a moeda americana. Até mesmo um modelo produzido no Brasil tem, em média, 30% de componentes importados. Se a cotação do dólar aumentar, a indústria nacional pagará mais caro lá fora”, explica Marcel Fernando, consultor de vendas de automóveis.

O carro importado é um caso óbvio. Toda a transação para trazê-lo ao mercado doméstico é feita em dólar. Na tentativa de se proteger contra a volatilidade do câmbio, o importador costuma criar algum estoque para garantir a competitividade no preço, antes do repasse ao consumidor.

Vale ressaltar que o imposto de importação, hoje entre 18% e 35%, a depender do tipo da propulsão do carro – elétrico, híbrido ou a combustão – é calculado sobre o preço em dólar.

Preços afetam a inflação

No caso dos veículos produzidos no Brasil, muitos componentes vêm de fora. Ainda não existe fabricante de automóveis no País que desenvolva certos sistemas, como, por exemplo, transmissão automática.

Também são importados alguns tipos de motores, sistemas eletroeletrônicos, tecnologias de segurança e sensores. “Um caso recente que ilustra a dependência do fornecedor externo aconteceu na pandemia, que desabasteceu a indústria de chips e matérias-primas”, lembra o consultor.

As oscilações do dólar causam um efeito cascata. Os materiais usados na produção do veículo – plásticos, borrachas, vidros, aço e alumínio – encarecem.

Igualmente impossível tirar da conta o petróleo, cotado na moeda americana, elevando os custos de combustível, transporte e, consequentemente, da produção. A manutenção também é impactada, uma vez que lubrificantes e peças de reposição importadas ficam mais caras.

Na ponta de todas as fases da cadeia automotiva, o dólar pressiona a inflação. Dessa forma, as montadoras reajustam os preços para preservar a margem de lucro em eventual baixa na demanda. “Por fim, os financiamentos vão para as alturas, pois o conceito de venda a prazo é baseado em risco”, completa Fernando.

Saiba mais: Os benefícios do metaverso na indústria automotiva

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