Quem utiliza o carro com frequência costuma atingir a quilometragem indicada para a troca do lubrificante do motor antes do prazo da revisão programada. Assim, é natural que a substituição ocorra em uma oficina ou posto, em vez de uma concessionária da montadora.
Nessa hora, pode surgir uma dúvida: qual óleo utilizar? É possível escolher um produto mais em conta, desde que seguindo a especificação indicada no manual do proprietário?
“Quando uma montadora recomenda o lubrificante de uma determinada marca, é porque ela realizou os testes com o produto daquela fabricante”, afirma Simone Hashizume, diretora de lubrificantes da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva).
“Por isso, sempre é melhor utilizar o óleo recomendado no manual do proprietário, já que, embora possam ter as mesmas especificações, lubrificantes de marcas diferentes não são necessariamente iguais.”
Simone explica que usar o óleo recomendado pela montadora ajuda a evitar qualquer problema com a garantia do veículo.
“Pode haver, por exemplo, dois óleos lubrificantes de mesma viscosidade e índice de performance – 10W40 SN, por exemplo –, mas com o produto A atendendo também outras especificações, como a norma Acea europeia, por exemplo, ao contrário do produto B”, esclarece.
Outra questão bastante comum diz respeito a um dos índices de aditivação dos lubrificantes, o API (sigla de American Petroleum Institute), que evolui constantemente: se o óleo recomendado para o meu carro tiver índice SL, é possível passar a usar um de índice SM ou SN (mais avançados)?
Segundo a diretora da AEA, a mudança é possível e até recomendável, já que o nível de aditivação do novo lubrificante é melhor e deve trazer benefícios ao motor.
“Quase sempre, quando um novo lubrificante é lançado com índice de aditivação superior (SM em relação ao SL, por exemplo), ele pode substituir o anterior, proporcionando mais benefícios”, diz Hashizume.