Já escolheu o modelo do carro 0 km que irá comprar? O próximo passo será definir a cor e o tipo de pintura da carroceria: sólida, metálica ou perolizada. Para decidir, contudo, não basta levar em conta apenas a paleta.
Ricardo Vettorazzi, gerente técnico do laboratório de repintura automotiva da PPG, uma das principais fabricantes de tintas do mundo, explica o que devemos ter em mente na hora de definir esse acabamento do veículo.
A pintura sólida é a mais simples e acessível, pois geralmente não tem custo extra. Algumas montadoras até restringem as opções desse tipo a duas cores, dependendo do modelo.
“Em sua composição, ela tem apenas o pigmento de cor, sem partículas de efeito e, por isso, é vista sempre da mesma maneira, independentemente do ângulo do olhar ou da iluminação”, explica Vettorazzi.
O tipo de pintura mais comum no mercado nacional atualmente é a metálica, que, como o nome indica, conta com partículas metálicas (de alumínio) em sua formulação, que conferem um visual diferenciado à carroceria do automóvel.
“Graças a esse recurso, a cor tende a exibir uma pequena mudança de tonalidade quando mudamos o ângulo de observação”, detalha o especialista. Além disso, as partículas metálicas brilham quando expostas à luz direta.
Disponível apenas para alguns modelos (geralmente versões mais sofisticadas), a pintura perolizada é a mais cara. Ricardo Vettorazzi explica: “Ela leva em sua composição os pigmentos de efeito chamados genericamente de ‘pérolas’, que, na verdade, são feitos de mica natural ou sintética e que são envolvidos por uma fina camada de dióxido de titânio e óxidos metálicos.”
Além da aparência diferenciada, esse tipo de pintura na cor branca resulta em mudança de tonalidade, dependendo do ângulo de observação.
No caso da repintura, o especialista da PPG diz que a qualidade do resultado está mais ligada à experiência do profissional e ao material utilizado do que ao tipo de pintura.
“É claro que, por possuir uma tecnologia mais avançada, a pintura perolizada requer maior atenção na hora do reparo, mas, desde que o pintor seja qualificado, utilize ferramentas adequadas e tinta de qualidade, não há problema”, assegura Vettorazzi.
Segundo ele, não faz sentido deixar de adquirir um carro com pintura perolizada pensando que pode ser difícil reparar a pintura, caso seja necessário: “As técnicas e os recursos para repintura já são bastante conhecidos pelos profissionais do setor.”
Com relação aos cuidados, Ricardo Vettorazzi afirma que independentemente do tipo de pintura que o carro possuir, o proprietário deve se preocupar em manter a carroceria sempre limpa.
Sujeiras como seiva de árvore e excrementos de aves podem provocar manchas, principalmente se permanecerem muito tempo na lataria. Encerar o carro também ajuda a proteger a pintura e a mantê-la com boa aparência por mais tempo.