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Criado em 1958 pelo engenheiro da Volvo, Nils Bohlin, o cinto de segurança de três pontos revolucionou os padrões de segurança automotiva. A partir dali, a indústria não parou de explorar e adicionar mais recursos, vitais para preservar vidas ou evitar acidentes. Assim, os carros estão ficando cada vez mais seguros.
Muitos desses recursos surgiram como resposta a novas exigências da legislação, como airbags, freio ABS e, mais recentemente, do controle eletrônico de estabilidade.
Segundo Murilo Ortolan, diretor de Tendências Tecnológicas da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), a seguranças passiva e a ativa alcançaram outro patamar com tecnologias como conectividade, conjuntos de radares e sensores, câmeras, inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT).
O ADAS (sigla em inglês para sistema avançado de assistência ao condutor) representa um enorme salto e é apenas a ponta de um iceberg. “Os recursos inteligentes do ADAS, hoje já presentes em diversos automóveis, têm a capacidade de eliminar erros e a imprudência humana, além de prever e antecipar ações caso o motorista não tome nenhuma atitude”, explica.
O ADAS reúne tecnologias de alta eficiência e aponta para o futuro de uma direção completamente autônoma.
O diretor da AEA lembra que, com o passar dos anos, os veículos ganharam avanços significativos na segurança passiva: “A engenharia empregou novos materiais e reforços na carroceria, que aumentaram a capacidade de absorver melhor os impactos de uma colisão, preservando o habitáculo e, consequentemente, a integridade dos ocupantes.”
Segundo Ortolan, as tecnologias de segurança reduzem não só os acidentes, mas preparam a indústria para o futuro de mobilidade autônoma e conectada.
A integração entre hardwares e softwares, além de legislações cada vez mais rigorosas, contribui para a disseminação dessas tecnologias. “A adoção dos dispositivos envolve maiores custos, mas é uma questão de tempo, algo natural para qualquer inovação a ser implantada na indústria”, completa.