A função está disponível apenas no celular do motociclista e avisa em tempo real caso o limite de velocidade da via seja ultrapassado. De acordo com o aplicativo, o monitoramento é constante, e os sinais sonoros e visuais se intensificam se o motorista atingir uma velocidade 20% maior do que a permitida.

Por sua vez, o Relatório de Segurança terá seu lançamento na primeira semana de setembro em todas as 3.386 cidades onde o app funciona. A função foca em fornecer um retorno para o condutor, permitindo que os passageiros avaliem suas viagens de forma anônima e selecionem elogios ou reclamações. Em seguida, os dados compilados são exibidos para o motorista, mostrando em que ponto é necessário melhorar.

Avaliação e pontos de melhoria

Após a avaliação, a 99 fornece conteúdo de conscientização para os motoristas com base nos pontos de melhoria identificados. “Começamos com o conteúdo estático e, no futuro, também vamos trabalhar com vídeos e treinamentos in loco”, conta Igor Soares, diretor de qualidade e segurança da 99.

“Vamos coletar dados [obtidos com as novas funções] e entender qual é o percentual de motoristas reincidentes e o nível de efetividade das funções. A partir disso, temos um planejamento, caso seja necessário, de impor sanções e outras medidas”, explica Soares.

Por fim, a 99 ressalta que é necessário atualizar o aplicativo para ter acesso a essas novidades. Sendo assim, a empresa recomenda que os motoristas parceiros chequem seus celulares.

Categorias de moto são as que mais crescem

O foco da 99 com essas duas novas funções é garantir a segurança das categorias operadas por motociclistas, que são as “que mais crescem e contribuem para que tenhamos a liderança em cobertura no Brasil”, afirma Soares.

Nas 3.389 cidades brasileiras onde a 99Moto atua, há uma média mensal de 500 mil motoristas ativos, o que representa um crescimento de 70% em comparação ao ano passado.

A elevação também se deve, em parte, ao fato de que “as viagens de moto são 30% mais baratas do que as de automóvel. Isso cria uma democratização do serviço. De cada três corridas que temos dentro da plataforma, duas acontecem fora das regiões mais ricas das cidades”, reflete Raul Montenegro, head de comunicação corporativa da 99.

Foco na redução da velocidade no 99Moto

Ao mesmo tempo, “mais da metade das viagens de 99Moto conectam os passageiros a pontos de ônibus, estações de metrô e terminais de ônibus”, explica Montenegro. Sendo assim, o serviço teria a função de cobrir “a última milha” no percurso de diversos usuários.

Os motociclistas, na verdade, crescem não apenas na 99, mas em todo o Brasil. Em julho deste ano, o País registrou uma frota de 34,2 milhões de motocicletas, ciclomotores e motonetas, de acordo com dados do Senatran. Em julho do ano passado, o registro apontava 32,4 milhões de veículos do tipo.

Assim, de acordo com essa tendência, a 99 se planejou para oferecer mais segurança. “O foco desses dois novos recursos é a questão da velocidade [dos motociclistas]. Sabemos por meio de várias pesquisas nacionais e internacionais que a velocidade, principalmente para esse modal, é um dos fatores mais importantes para a prevenção de incidentes”, reflete Soares.

Segurança de motociclistas do 99Moto

Neste ano, 1.487 motociclistas morreram em sinistros no Estado de São Paulo, segundo o Infosiga. Esse modal, na verdade, é o que mais mata no Estado, o número de condutores de motocicletas mortos é quase o dobro dos óbitos em sinistros de carro no mesmo período, 772 vítimas.

Igor Soares afirma, no entanto, que na 99 o trânsito de motociclistas é 14 vezes mais seguro do que fora do app, e que 99% das viagens sobre duas rodas terminam sem nenhuma ocorrência.

A empresa mantém 50 verificadores de segurança para evitar problemas nas viagens. “Dividimos entre antes, durante e depois das corridas. Anteriormente, temos a verificação de antecedentes criminais dos motociclistas e a verificação facial. Durante a corrida, temos o monitoramento em tempo real e o compartilhamento da rota com familiares. Após a corrida, temos as denúncias e canais de acolhimento”, explica Soares.

Por fim, ele também explica que a empresa usa inteligência artificial para fazer análise de risco do local em que o passageiro pede a corrida. Sendo assim, é possível traçar uma combinação com o melhor motorista possível. Por exemplo, unindo motorista e passageiras mulheres em uma corrida noturna.

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