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A mobilidade pode ser sua grande aliada no ESG

Por: . 24/08/2022
Inovação

A mobilidade pode ser sua grande aliada no ESG

“Um bom começo é instituir uma política de compartilhamento de viagens para os executivos da empresa.”

4 minutos, 6 segundos de leitura

24/08/2022

casal dentro do carro com a mulher ao volante
O compartilhamento de veículos nas empresas pode ser um caminho. Foto: Getty Images

Seria redundante, para dizer o mínimo, falar aqui sobre a saturação dos recursos naturais do nosso planeta — incluindo as fontes energéticas não renováveis —, as mudanças climáticas provocadas pelo nosso sistema econômico, a iminência de uma catástrofe ambiental que pode pôr em risco a própria sobrevivência da espécie humana. O que há de novo, então?

A maior novidade nesse assunto é o fato de as empresas estarem, finalmente, começando a acordar para a necessidade de adotar práticas mais responsáveis. Isso não aconteceu de um dia para o outro, e menos ainda por um súbito golpe de consciência coletivo (apesar de existirem muitas cabeças, no C-level, de empresas com preocupações ambientais genuínas). O grande responsável por essa mudança é o ESG, indicador que avalia práticas ambientais, sociais e de governança nas organizações.       

Cientes de como todo esse cenário de crise ambiental afeta, negativamente, os negócios e da urgência de uma mudança efetiva, os fundos de investimento já estão tomando algumas atitudes. A prioridade dos recursos é para empresas que possuem o ESG como ponto central em suas estratégias. E esse movimento do dinheiro acaba incentivando as demais empresas a pensarem nos impactos socioambientais das suas operações.       

Duas das principais categorias do indicador ESG são o uso de energia e as emissões de carbono. Nesse sentido, ações que tocam nas políticas de mobilidade das empresas podem fazer uma grande diferença. E há ótimos exemplos que podemos analisar para inspirar outras mudanças de impacto.

Carros elétricos compartilhados

Em Fortaleza (CE), a plataforma Vamo, criada em 2016, está gerando bons resultados. O sistema segue a mesma lógica do compartilhamento de bicicletas. No entanto, em vez das magrelas, o que é compartilhado são carros elétricos, que podem ser utilizados pelos usuários cadastrados na plataforma no esquema on demand.

Além de não terem de se preocupar com manutenção do veículo e abastecer o tanque (ou carregar a bateria), os usuários ainda possuem mais opções de vagas, graças a uma parceria com o Poder Público local.       

No Brasil, a Localiza, operadora de aluguel de carros, investiu na compra de créditos de carbono para compensar as emissões produzidas por suas operações. Assim, a empresa adquiriu créditos que compensam mais de 15,5 toneladas de CO2, o que é suficiente para compensar não só a utilização dos carros da frota mas também o uso de ar-condicionado nos escritórios, energia elétrica e outros.       

No setor da aviação, a Embraer assumiu o compromisso de ser a primeira empresa a utilizar combustível da aviação sustentável (na sigla, em inglês, SAF). Até 2040, a empresa pretende neutralizar 40% das suas emissões de carbono – das quais, a maior parte deriva da queima do querosene, que serve de combustível para as aeronaves.

Pneus feitos de arroz

Já a Pirelli, fabricante de pneus, tem explorado outras fontes de matérias-primas que irão substituir o petróleo utilizado para a fabricação da borracha. No centro de pesquisa e inovação do Brasil, a empresa está testando o desenvolvimento de materiais feitos de casca de arroz e celulose.       

Empresas do ramo de logística e mobilidade estão no alvo da discussão, que envolve os indicadores ambientais, sociais e de governança. Mas, para continuar recebendo investimentos e não sofrerem nenhuma pressão pública por práticas mais sustentáveis, todas as empresas deveriam colocar o ESG no centro da sua estratégia.       

Dá para começar de formas simples e acessíveis. Um exemplo é instituir uma política de compartilhamento de viagens para os executivos da empresa. Na prática, é mais simples do que parece. Plataformas como a VOLL já oferecem a possibilidade de fazer esse compartilhamento, e a navegação é intuitiva.

Além disso, a plataforma emite um relatório de emissões de carbono para todas as viagens que são feitas por meio dela. Com esses dados, fica bem mais fácil calcular qual deve ser a compensação das emissões de CO2.       

A adoção de práticas mais responsáveis do ponto de vista social e ambiental é uma urgência, e demanda uma mudança de mentalidade dentro das empresas. Olhando para o contexto do seu negócio, o que é possível implementar a curto, médio e longo prazos para fazer parte da solução, em termos de uma mobilidade mais sustentável?

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão

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