Carros autônomos na China estão assustando motoristas do país
Tecnologia disponível em diversas cidades chinesas tem avançado rapidamente; entenda a situação
O aumento no número de carros autônomos na China está assustando motoristas profissionais. A Apollo Go, uma das companhias que desenvolve tecnologia de robotáxi, está presente em várias cidades importantes do país asiático, como Beijing, Shanghai e Wuhan. De acordo com a empresa, mais 1.000 carros autônomos devem começar a rodar em Wuhan este ano. Os planos também incluem expandir a operação para mais 100 municípios chineses até 2030.
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Nos Estados Unidos, a tecnologia dá passos mais lentos. A Waymo, empresa que faz parte do conglomerado que controla a Google, já conta com carros autônomos em São Francisco, Phoenix, Austin e Los Angeles. No entanto, barreiras de segurança impostas pelo governo atrasam a expansão no mesmo ritmo da China.
Motoristas podem perder emprego para carros autônomos na China
A China possui cerca de 7 milhões de motoristas por aplicativo. Nas cidades onde os carros autônomos circulam, esses profissionais já expressam medo de perder seus empregos e, consequentemente, sua renda.
Por mais que os robotáxis ainda enfrentem restrições no país, como proibição de circular em alguns bairros e a impossibilidade de serem usados por turistas ou pessoas expatriadas, o setor continua a crescer em ritmo acelerado.
A Pony.ai, por exemplo, já possui 300 carros autônomos em circulação e deve adicionar mais 1.000 até 2026. Junto a ela, figuram outras empresas em crescimento no setor, como WeRide e SAIC.
Ônibus são a próxima etapa
E não são apenas os motoristas por aplicativo que estão com seus cargos ameaçados, mas também aqueles que conduzem ônibus. A Apollo Go desenvolve ônibus elétricos e autônomos que, segundo a companhia, podem atuar em trajetos turísticos, em parques industriais e prestar serviço para empresas.
A previsão é que, com o avanço dessa tecnologia, as máquinas se tornem cada vez mais confiáveis e vantajosas em comparação aos motoristas humanos. Sendo assim, uma parcela da população local que migrou para os aplicativos de mobilidade depois de perder sua renda pode se ver obrigada a procurar novamente por emprego nos próximos anos.
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