Engana-se quem ainda pensa que motores eletrificados se referem exclusivamente aos carros movidos 100% a energia elétrica. Os automóveis com propulsão híbrida, cada vez mais populares no mercado brasileiro, também fazem parte desse time. Aliás, nunca se ouviu falar tanto de carros híbridos no País como agora. Eles possuem o tradicional motor a combustão que trabalha de forma inteligente com o elétrico, explorando as principais vantagens de um e de outro com o veículo em movimento. Os engenheiros das montadoras, porém, seguem os estudos para avaliar novas possibilidades de motores sustentáveis e renováveis.
Mas você sabe quais são todos os tipos de motores eletrificados presentes nos modelos? Conheça cada um deles e seu princípio de funcionamento.
É cada vez mais comum os automóveis oferecerem o sistema start-stop como item de série. Parece incrível, mas, tecnicamente, os carros com esse recurso são considerados micro-híbridos, ou seja, o primeiro degrau na escala entre os motores híbridos. Na prática, ele só é colocado em movimento graças ao motor a combustão. No entanto, o alternador usa a energia gerada nas frenagens e nas desacelerações para alimentar o sistema start-stop, proporcionando maior economia. A tecnologia entra em ação quando o carro para em um semáforo vermelho, por exemplo. O motor desliga enquanto o pé do motorista está no freio. Na hora da partida, é imediatamente acionado outra vez.
O motor híbrido leve é dotado de um sistema de recuperação de energia com um novo tipo de alternador e conjunto elétrico de 48 V. Com ele, o veículo é capaz de se movimentar usando eletricidade por um breve intervalo ou então ganhar potência adicional por alguns segundos em situações como uma ultrapassagem. A energia é armazenada em uma pequena bateria de íons de lítio
Ele possui dois sistemas propulsores – um a combustão e outro elétrico – e é movimentado somente pelo segundo. Contudo, os dois motores estão ligados em série e o motor a combustão começa a trabalhar para alimentar a bateria de acordo com a necessidade do automóvel.
Atualmente, trata-se de um dos sistemas híbrido mais populares da indústria automobilística. O veículo entra em funcionamento por meio do motor a combustão e pelo elétrico individualmente ou por ambos ao mesmo tempo. Para justificar o nome do propulsor, cada sistema move um eixo em trabalho paralelo.
O sistema do híbrido misto é considerado o mais complexo, embora atue com muita eficiência. Ele tem uma central eletrônica que analisa vários parâmetros e escolhe qual é o tipo de propulsão mais vantajoso para cada situação – 100% elétrico ou com o auxílio do motor a combustão
Em relação aos outros sistemas híbridos, o plug-in apresenta a vantagem da bateria poder ser recarregada em uma tomada externa – tal como um modelo 100% elétrico. Além disso, ele oferece mais autonomia que o híbrido convencional. A exemplo dos demais modelos híbridos, ele consegue fazer a regeneração de energia, que será utilizada em frenagens e desacelerações.
Apresentado, no Brasil, com o Toyota Corolla, em 2019, esse sistema é uma inovação entre os propulsores híbridos. A montadora japonesa se baseou no sistema híbrido misto do Prius para desenvolver o conjunto e optou por usar o motor flex, que também pode receber etanol no tanque, combustível renovável que produz menos impacto ambiental se comparado à gasolina e ao diesel.
O diferencial desse sistema – ainda não disponível no mercado brasileiro – é que ele não tem bateria de alta capacidade, mas sim uma célula (pilha) a combustível alimentada por hidrogênio (ou outro combustível como bioetanol), que produz energia para os motores elétricos, tendo como único subproduto a água. Sorte do meio ambiente. Em contrapartida, para se tornar viável, esse sistema fica refém de uma rede de abastecimento de hidrogênio. Uma das fontes mais poluentes de hidrogênio é o gás natural, que prejudica o efeito estufa. De toda forma, os primeiros testes de veículos movidos a célula a combustível reduziram suas emissões em mais de 30%.
Ao contrário do que se imagina, o automóvel totalmente elétrico – como o Renault Zoe – tem um princípio bem simples, uma vez que é equipado com uma bateria carregada por tomada externa, a fim de alimentar um ou mais motores elétricos. Por causa da capacidade de regenerar energia, é possível aumentar sua autonomia com a eletricidade gerada nas frenagens e nas desacelerações.
O carro com extensor de autonomia não deixa de ser elétrico puro. Mas ele também possui um motor a combustão com uma só utilidade: ajudar na geração de eletricidade e garantir maior autonomia. Apesar dessa contribuição, pode-se dizer que os automóveis com extensores são movidos apenas pelos motores eletrificados.