Drones Híbridos
Empresa lança tecnologia para recarregamento de veículos elétricos como aeronaves movidas a etanol
Um dos grandes desafios dos drones é a necessidade de recarregamento frequente, já que o tamanho desses veículos demanda o uso de baterias pequenas. Um lançamento da Liconic, empresa há dois anos no mercado brasileiro, está inovando ao incorporar um sistema híbrido a etanol (energia + elétrico) para o funcionamento dessas aeronaves, mais usadas, principalmente, no segmento agrícola.
De acordo com João Vitor Valentin Arruda, fundador e CEO da Liconic, a ideia do projeto veio do trabalho de conclusão de curso de sua faculdade de engenharia mecânica, e o objetivo, na época, era aumentar o tempo de voo e reduzir o custo operacional de grandes drones de pulverização para o setor agrícola. “Com o tempo, ficou claro que o problema não era, necessariamente, esse, mas sim reduzir a necessidade do uso das baterias. Isso por causa do seu custo e da sua complexidade, além da dificuldade de descarte e de reciclagem desses equipamentos, no Brasil – um desafio”, explica Arruda.
Como funciona
O sistema substitui a bateria do veículo por uma unidade de bioenergia movida a etanol, que trabalha para alimentar uma pequena célula elétrica instalada no drone. “Ela se transforma em energia mecânica por meio de um motor de combustão de baixa emissão, que gera energia elétrica, que é retificada e protegida por sistemas eletrônicos. No final, essa energia alimenta uma célula a bateria interna com autonomia baixa, mantida, constantemente, carregada”, explica o fundador.
Todo o sistema é feito por meio de LPU, ou liconic power unit, uma unidade de potência energética alimentada por bioenergia pelo sistema Plug and Play, ou seja, pode ser inserida em diversos veículos originalmente elétricos.
“Por suas características híbridas de produção de energia, é uma solução viável, barata, fácil para alimentar, eletricamente, drones e veículos”, diz. E, muito importante, é uma solução sustentável, pois, para produzir etanol, é necessário o plantio de cana-de-açúcar. “Se compararmos a quantidade de emissão de carbono que o etanol emite com o carbono que o plantio de cana elimina, a emissão de carbono pode se tornar negativa. Ou seja, quanto mais etanol, menos carbono na atmosfera”, diz Arruda.
No modelo de negócio da empresa, a LPU é locada pela empresa. “Trabalhamos para o segmento B2B, e o usuário não precisa se preocupar com manutenção, que é por nossa conta, com pagamento feito por horas de uso. Comparado com o custo de kits de baterias tradicionais com drones, por exemplo, esse gasto chega a ser 40% menor”, comenta Arruda.
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