A Faixa Azul para motos na Avenida 23 de Maio, em São Paulo (SP), completou um ano sem registro de mortes de motociclistas. Implantada, em 25 de janeiro de 2022, como projeto-piloto pela prefeitura da capital paulista o dispositivo também reduziu a gravidade dos acidentes. Devido ao sucesso do projeto, a prefeitura deverá expandir a Faixa Azul para mais 220 km em vias importantes da cidade.
“Acabei de autorizar a extensão da Faixa Azul para mais 220 km. Isso é experimental, algo inédito no Brasil. Depende de autorização da Senatran, mas com os resultados que a gente teve aqui [Avenida 23 de Maio], sem óbito, é óbvio que teremos a autorização”, declarou o prefeito Ricardo Nunes. Atualmente, a Faixa Azul tem 5,5 km, na Av. 23 de Maio, sentido Aeroporto, e outros 17 km, nos dois sentidos da Avenida dos Bandeirantes.
Para ampliação do projeto serão feitos estudos de viabilidade em outras avenidas da capital paulista onde existe grande fluxo de motociclistas. Entre as vias que poderão receber a faixa preferencial para motos estão a Avenida Ipiranga, Avenida do Estado, Avenida Rebouças, a Radial Leste e até mesmo as Marginais dos Rios Pinheiros e Tietê.
A análise do número total de sinistros envolvendo motos na Av. 23 de Maio e de vítimas geradas nessas ocorrências demonstra que a Faixa Azul também reduziu a gravidade dos acidentes. Em 12 meses, foram 98 acidentes de trânsito envolvendo motos no trecho de 5,5 km da Av. 23 de Maio, sentido aeroporto, que recebeu a nova sinalização. Desse total, 44 ocorrências não geraram pessoas feridas. Os demais 54 acidentes geraram 59 vítimas. Destas, 51 com ferimentos leves e oito com ferimentos graves.
Ainda, de acordo com a Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), a faixa contribuiu para a redução das médias de lentidão da Avenida 23 de Maio. A diminuição das médias de lentidão foi de aproximadamente 15%, em 2022, na comparação com os índices de 2019 (antes da pandemia). Segundo a CET, isso mostra que o novo espaço trouxe organização para o fluxo veicular.