Ferrovia Bioceânica: ministério assina acordo com China para iniciar estudos de ligação com Peru
Memorando assinado na segunda-feira, 7 de julho, marca um importante avanço na integração logística sul-americana

O Ministério dos Transportes firmou, nesta segunda-feira, 7 de julho, um memorando de entendimento com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China. Com esse documento, os países deve dar início aos estudos da Ferrovia Bioceânica, futura ligação ferroviária entre Brasil e Peru. Dessa forma, o projeto busca integrar os sistemas logísticos dos dois países e promover o desenvolvimento sustentável da infraestrutura de transportes na América do Sul.
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O acordo prevê a elaboração de um novo estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o trecho entre o porto de Ilo, no Peru, e o território brasileiro. Portanto, as diretrizes incluem análise de rotas e possíveis conexões com a malha ferroviária nacional. Além disso, está prevista a avaliação de impacto socioambiental e do potencial de movimentação de cargas. A ferrovia é considerada estratégica para ampliar o acesso do Brasil ao Oceano Pacífico e facilitar a integração com mercados asiáticos.
A assinatura do memorando aconteceu em Pequim, durante visita oficial do ministro dos Transportes, Renan Filho, à China. Conforme ele, a parceria representa um avanço concreto no diálogo bilateral e sinaliza o interesse dos dois países em fortalecer os corredores logísticos sul-americanos. O encontro também contou com a presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Embaixada do Brasil na China.
Além do estudo técnico, o acordo prevê a criação de um grupo de trabalho conjunto para acompanhar os próximos passos do projeto. Essa equipe vai compartilhar dados, promover intercâmbio de experiências e definir diretrizes para futuras etapas de cooperação. A expectativa é que, após a conclusão dos estudos, seja possível avaliar a viabilidade da construção da ferrovia.
Ferrovia Bioceânica com foco no comércio exterior
A Ferrovia Bioceânica faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Portanto, carrega expectativa de virar uma alternativa para escoar a produção brasileira com mais eficiência e menor custo logístico. Ao permitir o acesso direto ao Oceano Pacífico, a ligação com o Peru pode reduzir distâncias e prazos de exportação para países asiáticos.
Aliás, a ferrovia tem potencial de diminuir a dependência de rotas concentradas no Atlântico e nos portos do Sul e Sudeste. O governo brasileiro aposta na iniciativa como forma de diversificar corredores de exportação e impulsionar o comércio internacional.
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