À medida que a tecnologia avança e as operações logísticas se tornam mais modernas e digitalizadas, a atuação dos fraudadores também se atualiza, exigindo novas ações por parte das empresas. Segundo levantamento divulgado em 2021 pela consultoria alemã Roland Berger, o Brasil é o quinto maior alvo global de ataques de hackers a empresas, tendo registrado mais de 9,1 milhões de ocorrências apenas nos seis primeiros meses daquele ano.
Para conter os riscos, plataformas digitais de contratação de transporte de carga têm investido somas significativas para garantir a segurança tanto de empresas quanto de motoristas que buscam serviços de frete pela internet. A Fretebras, maior marketplace de transporte de cargas da América Latina disponível atualmente, investiu em 2021, por exemplo, cerca de R$ 30 milhões em medidas para combate a fraudes e, em 2022, expandiu os valores para R$ 48 milhões por meio do programa Frete Seguro, pilar de segurança da empresa.
De acordo com Michael Bogajo, Head de Risco e Prevenção à Fraude da Fretebras, dificilmente uma transportadora seria capaz de dedicar tantos recursos para garantir a segurança em suas transações virtuais, o que agrega ainda mais confiabilidade às contratações realizadas por meio da plataforma online. “No caso do transporte rodoviário de cargas, as fraudes acontecem com mais frequência em cima dos processos que são analógicos. Por isso, as negociações diretas acabam sendo mais suscetíveis à atuação de fraudadores quando comparado ao uso de plataformas digitais que investem em tecnologia anti-fraude”.
Nesse cenário, as ações dos fraudadores variam muito e se utilizam principalmente de brechas na verificação da documentação dos caminhoneiros e da pressa dos operadores logísticos em fechar um negócio rapidamente e pelo menor preço, como exemplifica Bogajo. “Algumas vezes, a pessoa precisa fechar tão rápido um frete que deixa de realizar as medidas básicas de segurança, algo que a contratação via plataforma digital já proporciona de forma rápida e garantida. Em outros casos, a empresa acaba fazendo o pagamento do frete sem verificar se a conta bancária pertence ao caminhoneiro contratado e o dinheiro acaba na mão de terceiros. Na Fretebras, o uso da conta digital que a própria empresa oferece já elimina esse risco.”.
Para ampliar o acompanhamento dos serviços de contratação, a Fretebras criou o chamado índice de segurança para transportadoras, indicador que monitora a quantidade de fraudes efetivas em relação ao total de empresas que publicam fretes na plataforma. A taxa de segurança atualmente é de 99,52% em todas as transações dentro da Fretebras. “Acompanhamos constantemente as denúncias e tentativas de fraude e, na maioria das vezes, conseguimos evitar o golpe antes mesmo que ele aconteça”, destaca Bogajo
Além do índice, outros mecanismos de segurança digital são aplicados à plataforma para tornar o ecossistema de contratação mais seguro. Um dos exemplos é o behavioral biometrics, monitoramento que acompanha tanto empresas quanto caminhoneiros desde o momento em que realizam o seu login no aplicativo. “Essa tecnologia nos possibilita realizar o mapeamento do comportamento de uso das nossas funcionalidades e, assim, podemos atuar rapidamente quando identificamos algum mau uso ou uma mudança no padrão de acesso”, explica Bogajo.
O uso de biometria no cadastro também se destaca para a validação dos usuários. Atualmente, a plataforma conta com mais de 300 mil motoristas com a biometria realizada e validada, garantindo a identidade de quem vai efetuar o serviço de transporte de carga. “Temos também um time de cibersegurança que atua com robôs e especialistas para monitorar toda e qualquer ação suspeita, mitigando o risco de roubo ou vazamento de dados. Além disso, todas as ações são alinhadas à Lei Geral de Proteção a Dados e a regras de compliance, protegendo a segurança digital de todos os usuários”, completa o executivo.
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