O Google Maps passou a ter rotas de bike mais detalhadas e visão 3D. As novidades já estão sendo disponibilizadas no aplicativo. Antes, as rotas no Google Maps para bike não traziam tantos detalhes. Agora, é possível ver onde tem ciclovias, se o caminho tem morros e se são muito íngremes ou não.
Além disso, o ciclista pode programar a viagem e saber quanto tempo vai levar pedalando. Outro detalhe é o percentual de ciclovias disponível em cada rota. Assim, há opções de escolher qual o melhor caminho por vários critérios. Entre eles, o tempo do trajeto ou a quantidade de espaços destinados às bikes nas vias.
O objetivo das novas rotas do Google Maps é trazer mais segurança e praticidade a quem pedala. Com isso, será possível inclusive saber se é uma boa ideia ou não ir de bicicleta para o destino.
Por sua vez, a visão 3D é uma recriação em computação gráfica de alguns lugares. O objetivo é que as pessoas tenham uma “sensação” dos lugares pela tela do computador ou celular para que decidam se o local vale ou não uma visita.
Ambos os recursos estão em fase de implantação. Portanto, muitos usuários já contam com as novidades na tela.
O novo recurso de rotas no Google Maps pode ajudar milhões de ciclistas. Segundo um estudo feito por Glaucia Pereira, especialista em mobilidade urbana e fundadora da Multiplicidade Mobilidade Urbana, a frota de bikes no país é de mais de 33 milhões.
De acordo com o levantamento, as cidades com o maior número de bikes são Vitória (ES), Campo Grande (MS) e Aracaju (SE). O estudo é de 2021. Para chegar ao resultado, Glaucia Pereira usou dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 (POF) do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 2019.
Além disso, o país registrou uma alta de 7,1% na produção de bicicletas. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), no primeiro trimestre de 2022 foram fabricadas 183.019 unidades no polo industrial de Manaus.
A Abraciclo espera a produção de 880 mil bicicletas no país até o fim do ano. Apesar de as mountain bikes terem o primeiro lugar em produção, com 61,5% do volume total, as urbanas representam 28,4%. Já as infantojuvenis chegam a 6,9%.
Por sua vez, as bicicletas elétricas apresentaram uma alta de 18,3% na produção. Ou seja, esse tipo de bike é cada vez mais uma tendência na mobilidade urbana do país.