Com o objetivo de reduzir o impacto ambiental de suas entregas, o iFood, em parceria com a Voltz Motors, desenvolveu uma versão mais simples e menos potente da moto elétrica EVS. Batizado de EVS Work, o modelo será vendido, exclusivamente, a entregadores, por R$ 9.999 – praticamente, a metade do valor cobrado pela EVS convencional. Além do preço mais em conta, entregadores terão taxas de juros mais baixas e facilidades para adquirir a moto elétrica.
As condições especiais, entretanto, valem apenas para entregadores e só é válida para a compra da moto, juntamente, com o plano de troca de baterias. Por R$ 129, para quem roda até 2 mil quilômetros por mês, os entregadores poderão utilizar as estações de troca de bateria, instaladas pela Voltz nos postos da rede Ipiranga.
“Nosso incentivo e auxílio viabilizam a escala para o uso de mais uma opção de modal elétrico aos entregadores, impulsionando o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13, da ONU, que exige ações contra a mudança global do clima, além de oferecer soluções que compensam, financeiramente, a nossos entregadores parceiros”, afirma André Borges, head de sustentabilidade do iFood.
Nessa primeira fase da parceria, a EVS Work e as estações de troca de bateria estarão disponíveis, apenas, aos entregadores da capital paulista. “Inicialmente, focaremos somente em São Paulo, mas sabemos do potencial do projeto em outras capitais, e seguimos estudando a possibilidade de expansão para outras localidades”, explica Fernando Martins, head de logística do iFood.
Ao todo, serão instaladas 100 estações de troca de bateria na cidade até o final de abril, garante Renato Villar, CEO da Voltz Motors. “Fizemos testes com 30 entregadores, durante seis meses, e mapeamos os locais com maior demanda de entregas para definir em quais postos iríamos instalar as estações. Essa parceria com o iFood permitiu dar escala às nossas estações de troca. Futuramente, a ideia é liberar a assinatura, também, aos consumidores”, explicou Villar.
“Além de beneficiar a população com a redução de emissão de CO2 nos grandes centros, o uso da moto elétrica ainda pode gerar economia para quem depende dela todo dia para trabalhar”, explica o head de logística do iFood.
Segundo cálculos da empresa, um entregador que percorra, por exemplo, 2 mil quilômetros, por mês, gasta em torno de R$ 380 de gasolina (quando o litro estava a R$ 6,55). Com a moto elétrica, esse custo cairia para um valor fixo de R$ 129, gerando uma economia de mais de 60%, somente, em combustível.
Se forem considerados os gastos com manutenção da moto a combustão, comparados aos da elétrica, a economia para o entregador chega a 70%. De acordo com a Voltz, não há revisões obrigatórias para fazer valer a garantia de dois anos da moto, mas é recomendável fazer um check-up a cada 5 mil quilômetros em pneus, pastilhas, lonas e fluidos. O custo é de R$ 100, na oficina da marca.
Tanto a moto elétrica EVS Work como o plano de assinatura de baterias estão disponíveis apenas para entregadores parceiros do iFood. Os entregadores elegíveis para a compra da moto elétrica precisam estar cadastrados na capital paulista, ativos há, pelo menos, três meses, terem realizado, no mínimo, 1.767 rotas e recebido acima de 92,64% de likes dos clientes.
Mais simples, a EVS Work se diferencia da EVS vendida ao público por ter acabamento mais simples. O objetivo foi reduzir o preço final da versão Work e, também, torná-la mais adequada ao uso profissional. “A EVS normal tem painel com tela colorida de TFT, rodas exclusivas e um monobraço traseiro. Já a versão Work possui freio a disco simples, na dianteira, balança convencional, na traseira, e painel digital de LCD”, explica Renato Villar, CEO da Voltz.
A velocidade final é de 85 km/h, contra os 120 km/h da EVS “normal”. O motor e as baterias, porém, são os mesmos. Com isso, a autonomia também pode chegar a 180 quilômetros, com duas baterias, de acordo com Villar.
Assim como os consumidores, os entregadores poderão controlar a EVS Work por meio de um aplicativo. Além de informações sobre a moto, como carga e consumo da bateria, o app para smartphones mostra a localização das estações e serve para liberar a troca. Os planos de assinatura de bateria variam de R$ 129/mês para “rodar” 2 mil quilômetros a até R$ 319 para quilometragem e trocas ilimitadas.
Como estão conectadas à nuvem, as motos são monitoradas à distância, e sua localização é mostrada no app. Os entregadores têm a opção de fazer o bloqueio das rodas, em caso de acionamento por roubo. O serviço de bloqueio não terá custos extras, nesse primeiro momento.