Jaguar Land Rover quer acelerar eletrificação no país
Programa global de inovação terá o Brasil como hub para a América Latina
A Jaguar Land Rover anunciou em um evento realizado hoje, no Cubo Itaú, a criação de um hub de inovação no Brasil, o Open Innovation. A iniciativa global que vai unir startups, empresas de tecnologia e sustentabilidade para definir territórios de inovação e traçar uma rota de implementação tecnológica para produtos e serviços. Além do Brasil, escolhido como primeiro hub da América Latina, o Open Innovation tem um braço no Reino Unido e terá, futuramente, outros na China, Estados Unidos, Israel e na Índia.
A iniciativa, que contará com a parceria do Cubo Itaú e da Firjan, está baseada no desenvolvimento de trabalhos em seis pilares estratégicos. Além da área de eletrificação, serão consideradas conectividade, serviços digitais, empresa inteligente, manufatura, cadeia de suprimentos e sustentabilidade.
Igor Murakami, diretor de Novos Serviços, Open Innovation e Software da Jaguar Land Rover, conta que o Brasil foi escolhido porque a companhia enxerga muitas oportunidades no mercado local. Entre elas, segundo ele, está o fato de o País estar adiantado em termos de inovação, além de ter recebido investimento recorde em unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) no ano passado.
Desmistificando a eletromobilidade
Assumidamente uma marca de luxo, que não tem interesse em popularizar seus produtos, no campo da eletrificação, a companhia tem como principal objetivo trabalhar com parceiros para melhorar a oferta de serviços para os usuários.
“O mercado ainda está muito fragmentado. No Reino Unido, por exemplo, são inúmeros os aplicativos e fornecedores de recarga. O usuário precisa ter várias contas, precisa colocar os dados em diferentes apps. Queremos unificar, um só cartão de acesso à recarga, um só app. Se essa tecnologia for desenvolvida no Brasil será exportada para os demais países”, informou Murakami.
O executivo também acredita que é papel das montadoras é desmistificar o uso do carro elétrico junto ao público e trabalhar em parceria com o governo para viabilizar a mobilidade elétrica. “As empresas devem apresentar as possibilidades, as formas de recarga, mostrar os benefícios, mas precisa que o governo reaja rápido. Não só em relação à infraestrutura, mas também com incentivos. A rede elétrica, por exemplo, precisa estar preparada. Os pontos de recarga precisam ter conveniência. Sem essa intersecção, a matemática nunca vai fechar”, conclui.
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