“Ninguém quer competir com Tesla ou Elon, se você puder evitar”, afirmou Khosrowshahi. Porém, ele ressalta a dinâmica do mercado. Isso porque o espaço já conquistado pela Uber faz uma possível parceria se tornar muito mais atrativas a partir das leis econômicas. 

Táxi autônomo da Tesla

“No final das contas, se a Tesla colocar seus carros em nossa rede, já temos 150.000 motoristas dirigindo Teslas, e se eles tiverem FSD (Full Self-Driving, direção totalmente autônoma), adoraríamos conectá-lo ao Uber também”, acrescentou o CEO. Para Khosrowshahi, dentro de alguns anos, todos os carros virão com algum grau de FSD.

Por isso, ele defende que o Tesla táxi autônomo que entrar na Uber tem potencial de criar muito mais receita. Isso sem dispensar o uso de um possível aplicativo próprio de Elon Musk.

“No final das contas, isso vai aumentar o valor do Tesla para que o valor residual daquele carro melhore, e se eles não fizerem isso, haverá algum outro que o faça”, acrescenta o gestor da Uber.

“Tudo volta à geração de receita, você tem uma caixa com rodas, você quer maximizar a receita dessa caixa para reduzir seu custo de capital, e as leis econômicas se aplicam à Tesla, assim como a qualquer outra empresa automobilística”, afirma Khosrowshahi.

Para exemplificar, ele ainda cita o McDonalds, que tem seu próprio aplicativo, mas utiliza o Uber Eats e o DoorDash para fazer entregas. “No final das contas, esperamos que meu charme e o argumento econômico façam a Tesla trabalhar conosco também. Se eles querem um canal direto, sem problemas”, conclui o CEO. 

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