Assim que um veículo passa pela cancela de um estacionamento, uma série de dados é capturada e trafega por sistemas integrados a uma central de monitoramento. Se a automatização desses espaços não é novidade, pode-se dizer que os avanços na gestão e análise desses dados, o uso de novas tecnologias de ponta, a adoção de modelos totalmente remotos e a praticidade, cada vez maior, aos usuários são, sim, tendências aceleradas pela pandemia do novo coronavírus.
Evitar aglomerações e contato físico foram prioridades desde março de 2020, em todos os ambientes. Nos estacionamentos, a tecnologia permitiu eliminar desde as modalidades mais tradicionais de pagamento até a necessidade de pressionar um botão – seguindo a tendência do touchless.
Em 2021, um ano após o lançamento do aplicativo da Indigo, com a função principal de pagar tíquetes digitalmente, cerca de 45 mil transações foram realizadas com ele, já disponível para, aproximadamente, 70% das operações da empresa no Brasil. A solução foi levada a locais administrados pelo grupo em outros países, como Estados Unidos e Canadá.
A simples identificação de uma placa de carro pode gerar alerta em um sistema de monitoramento, caso o veículo esteja associado a uma ocorrência recente. Informações básicas de entrada e saída de veículos, quando registradas e visualizadas em uma central robusta, se tornam dados essenciais e estratégicos para os estabelecimentos controlarem melhor o limite de fluxo permitido e se organizarem.
Por exemplo, por meio de amostragens mais amplas viabilizadas por relatórios, é possível identificar picos de movimento e comportamento do usuário, o que permite implementar ações voltadas ao público. Também é possível evitar transtornos em horários mais cheios ou identificando, em tempo real, falhas que estão causando filas.
Até 2023, as operações da empresa no Brasil totalmente remotas – que podem dispensar a presença de funcionários no local – devem ser quatro vezes maior. Isso não significa que não haverá operadores em determinados estabelecimentos ou que existirão apenas estacionamentos ainda mais equipados com terminais e cancelas automatizados.
Por trás desse serviço, existem equipes dedicadas, conforme a necessidade de momento, com especialistas em atendimento ao cliente à distância para resolver qualquer tipo de problema ou encaminhar para a resolução correta. Significa a geração de postos de trabalho a profissionais treinados e qualificados, pois a gestão desses espaços só pode ser feita quando a empresa inova em seus processos, desenvolve equipes e novas práticas, alinhadas às tendências mais atuais em tecnologia – da gestão à segurança da informação, passando pela infraestrutura e pela análise de dados.
Atualmente, mais de 3.500 câmeras estão conectadas à central de monitoramento remoto Connecpark da empresa, a maior do segmento no Brasil, visualizando e armazenando informações sobre estacionamentos espalhados pelo País. Para o cliente final, essas imagens, obtidas de pontos estratégicos, somadas ao atendimento ágil, garantem maior segurança e solução, em casos de acidente ou qualquer irregularidade.
Em países da Europa, há operações com central própria dedicada a clientes que estão presentes em diferentes endereços, com milhares de vagas disponíveis. E, se a migração para o remoto é uma evolução dos estacionamentos, já existem modelos ainda mais desenvolvidos, com diversos sistemas integrados, promovendo usos mais inteligentes do espaço. Sistemas de iluminação e controle de incêndio, por exemplo, podem ser controlados e, assim, gastos com energia elétrica reduzidos.
Quanto ao que está na palma da mão do usuário, aplicativos são mais práticos não apenas para pagamento. Com o 5G, a conectividade é potencializada, e o uso de apps ou outras ferramentas online tende a se popularizar para agilizar processos. Na telinha de bolso, é possível reunir todo o pacote de conveniências que um estacionamento é capaz de oferecer ao consumidor final. Essas aplicações já são pensadas para reserva e disponibilidade de vagas e até integração com serviços parceiros.