Plataforma em alto-mar tem voo pioneiro com aeronave sem piloto

Teste com voo entre plataformas contribuiu para a coleta de dados sobre o uso de aeronaves autônomas no transporte de cargas leves. Foto: Divulgação/Petrobras
Erick Souza
12/07/2024 - Tempo de leitura: 1 minuto, 39 segundos

Uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA) realizou o primeiro voo de longo alcance no Brasil. O veículo autônomo percorreu cerca de 180 quilômetros entre a base da Petrobras em Imbetiba (Macaé, RJ) e a plataforma P-51, na Bacia de Campos, no litoral fluminense. De acordo com a Petrobras, o voo experimental deverá contribuir para o desenvolvimento e aplicação da tecnologia em outras situações.

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Durante o teste, a aeronave realizou um voo BVLOS (sigla em inglês para Beyond Visual Line-Of-Sight ou além do alcance das visual). Neste tipo de operação, o veículo autônomo vai além do campo de visão do piloto.

O objetivo, conforme a empresa, era testar a aeronave no transporte de cargas, para conduzir até 50 kg. Além disso, produzir dados para a redução de custos e para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves.

Teste com aeronave sem piloto

Dentre as informações coletadas, o voo pode ter contribuído para a definição de melhores rotas, altitudes e procedimentos de subida e descida. Com o uso de aeronaves deste modelo também é possível reduzir emissões de gases do efeito estufa no transporte de cargas leves.

Atualmente, a Petrobras utiliza drones e aeronaves não-pilotadas para operações em grandes altitudes. Dentre os serviços, por exemplo, estão as inspeções de flares e a pintura de plataformas e embarcações. O voo de teste aconteceu com o apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras.

De acordo com a empresa, a análise dos dados gerados deve ser finalizada durante o segundo semestre deste ano. Na sequência, a Petrobras também pretende simular outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo.