Honda EM1 e: Foto: Divulgação/Honda
A Honda e a Yamaha anunciaram uma parceira no segmento de motos elétricas no Japão. O acordo prevê que a Honda irá fornecer à Yamaha modelos elétricos, baseados no Honda EM1 e: no Benly e:, para o mercado japonês. Apesar do anúncio, As duas empresas prosseguirão com as discussões para a assinatura de um acordo formal.
Na prática, a Honda irá ser fabricante original do equipamento (da sigla OEM, ou Original Equipment Manufacturer), termo usado para designar fabricantes que desenvolvem produtos para outras empresas. Ou seja, na prática, a Yamaha venderá motos elétricas de Classe 1, baseados nos modelos produzidos pela Honda.
A categoria Classe 1, como definida pelas leis do Japão, engloba “veículos equipados com duas ou mais rodas e um motor com deslocamento total de 50 cc ou menos ou um motor elétrico com potência nominal de 0,60 kW ou menos”. Em resumo, praticamente, a mesma classificação dos ciclomotores (elétricos ou não) no Brasil.
Embora sejam rivais, as duas empresas iniciaram as discussões para a parceria em outubro de 2016, com o objetivo de enfrentar os desafios para o futuro das motocicletas. Incluindo a conformidade com padrões de segurança e regulamentações de emissões cada vez mais rigorosos, bem como a busca pela eletrificação.
A aliança se iniciou em 2018, quando a Honda passou a fornecer modelos de scooter de 50 cc para a Yamaha como OEM. Agora, a colaboração passa a ser para popularizar as motos elétricas na categoria Classe 1 no mercado japonês.
Além disso, em abril de 2019, a Honda e a Yamaha, juntamente com a Kawasaki e a Suzuki, criaram um consórcio para o desenvolvimento de padrões para baterias para motos elétricas. Novamente, o propósito foi popularizar modelos de motocicletas elétricas.
As gigantes japonesas também são sócias, junto com a Eneos, empresa japonesa de distribuição de energia, da Gachaco. A empresa, com sede em Tóquio, oferecerá serviço de compartilhamento de baterias intercambiáveis e padronizadas para motos elétricas.
Também existe uma parceria entre as quatro gigantes japonesas para desenvolver motos a hidrogênio. Recentemente, como resultado dessa aliança, a Kawasaki fez a primeira demonstração pública de sua moto que queima hidrogênio.